JB Cardoso

Recentemente, tão logo as candidaturas para prefeito, vice e vereadores foram homologadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitora), foram divulgadas as proporções por raça ou cor entre os candidatos. Segundo o tribunal, pela primeira vez, a proporção de brancos não é maioria. Neste ano há mais pretos e pardos do que brancos na disputa, sem distinção de cargos.

Mas em Feira de Santana, pelo menos na corrida para a Prefeitura, a proporção populacional do Brasil não está representada. Nem mesmo a de Feira. Por aqui nem é necessário fazer pesquisa para se saber que a proporção de pessoas pretas ou pardas supera em grande número à de pessoas brancas. E aqui, como no resto do país, as mulheres são maioria do eleitorado, com mais de 51% de proporção.

Mas ao se ver os 10 candidato(a)s à Prefeitura, nota-se que as proporções não estão bem representadas. Apenas duas mulheres almejam o posto máximo do Executivo municipal. E há, entre todos, apenas duas pessoas com descendência afro.

Mas se a população feirense não está proporcionalmente representada nas candidaturas a prefeito, vale dizer que a situação de Feira segue tendência nacional. O TSE divulgou na semana passada os percentuais por cargo. Em todo o país, para prefeito, há 63,2% de brancos contra 35% de pretos e pardos. Este cenário muda nas candidaturas para vereador. O Brasil tem, no total de candidatos às Câmaras Legislativas, 50,9% de pretos e pardos, e 46,8% brancos.

O(a)s candidato(a)de buscam os votos são, em ordem alfabética: Carlos Geilson - branco (Podemos), Carlos Medeiros – branco (Novo), Colbert Martins – branco (MDB), Dayane Pimentel – branca (PSL), José de Arimateia – branco (Republicanos), Marcela Prest – negra (PSOL), Orlando Andrade – negro (PCO), Rei Nelsinho - branco (PRTB), Roberto Tourinho – branco (PSB) e Zé Neto – branco (PT). Vale ressaltar que a cor colocada aqui é a percepção do colunista a partir das fotos oficiais das candidaturas.

Ou seja, mais uma vez a população vai olhar para todas as candidaturas juntas e não vai se ver ali representada. Uma pena, mas acho que haveremos de penar muito para que o povo seja, realmente, representado nas eleições.

Esta é a minha opinião!

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