Enquanto vai prorrogando o decreto que mantém fechados o comércio e outras atividades em Feira de Santana, o prefeito Colbert Martins anunciou nesta quarta-feira que vai reduzir o próprio salário, dos secretários, e cortar gratificação de alguns servidores. Enquanto isto, na Câmara, não se vê nenhum movimento dos vereadores para ceder um pouco de seus ganhos para o combate ao Coronavírus.

O prefeito vai cortar 20% do próprio salário, 15% dos secretários, 13% dos servidores com cargo em comissão, e ainda vai reduzir em 10% a gratificação de servidores, exceto os da Saúde e áreas essenciais. A medida vale para os dois próximos meses e pode ser prorrogada. “Sabemos que o valor não é expressivo, mas se trata de uma demonstração de solidariedade. Um pequeno sacrifício, em momento extremamente delicado para os mais pobres da nossa população", argumentou Colbert.

Já na Casa da Cidadania, foram retomadas as sessões ordinárias. Apenas vereadores, funcionários e imprensa participam, e tomando os cuidados necessários para estes momentos. Nas três sessões desta semana, muita coisa foi falada. Vereadores pedindo que o prefeito conceda ajuda aos trabalhadores informais, presidente José Carneiro dizendo que não adianta decreto se o povo faz filas na Caixa para receber a ajuda federal, outros elogiando o prefeito... E há ainda aqueles que pensam nas eleições, relatando filiações em novo partido ou saudando quem chega a sua sigla.

Mas as mãos dos parlamentares feirenses seguem longe do bolso. Nenhum dos 21 sequer cogitou, nas três sessões desta semana, cortar parte dos salários para ajudar no combate à Pandemia. Quem sabe, com o exemplo dado pelo prefeito, os representantes do povo decidem ceder parte do bom salário para a luta contra o Coronavírus. A decisão já está atrasada, mas sempre é tempo de acertar.

Esta é minha opinião!