JB Cardoso

Após críticas, Câmara de Feira rejeita lei homofóbica na segunda discussão

Não pode haver espaço no parlamento para posições preconceituosas como a proposta pelo vereador Edvaldo Lima

Na última quarta-feira (22), a Câmara Municipal de Feira de Santana reprovou, em segunda discussão e por maioria dos presentes, o Projeto de Lei de nº 001/2020, de autoria do vereador Edvaldo Lima (MDB), que pretendia proibir nas cerimônias de casamento coletivo, organizadas pela Prefeitura ou qualquer órgão da administração pública municipal, a realização da união de pessoas do mesmo sexo nos templos religiosos.

Este tema foi abordado na coluna passada, na qual fiz críticas à aprovação em primeira discussão do tema. Não me passava pela cabeça que quem aprovou numa primeira vez, reprovasse na segunda, dois dias depois. Mas assim é a Política.

Na sessão de segunda-feira (20), houve a primeira discussão do tema e o PL foi aprovado. Na terça (21) foi publicada minha coluna com as críticas. Soube que houve muitos compartilhamentos do meu texto entre os vereadores e funcionários da Câmara. E por fim, na quarta (22), a Câmara rejeita o PL na segunda discussão.

A proposta foi rejeitada com os votos contrários dos vereadores Roberto Tourinho (PSB), Pablo Roberto (DEM), Fabiano da Van (MDB), Gerusa Sampaio (DEM) e José Carneiro (MDB). Os vereadores Cadmiel Pereira (DEM), Isaías de Diogo (MDB), Eli Ribeiro (Republicano) e Edvaldo Lima (MDB) votaram favoráveis à proposição. Já os edis Luiz da Feira (PROS), Zé Filé (PSD), Lulinha (DEM) e Zé Curuca (DEM) se abstiveram da votação.

Ainda bem que alguns representantes do povo reviram suas posições iniciais e reprovaram o texto homofóbico. Não pode haver espaço no parlamento para posições preconceituosas como a proposta pelo vereador Edvaldo Lima. A Câmara deve estar atenta ao bem-estar dos cidadãos, independente das escolhas ou orientações pessoais destes. Por isto se diz que o Estado é laico.

Esta é a minha opinião!