JB Cardoso

2020: O ano em que a Terra parou

Não há dúvida: o ano de 2020 será marcado na História pela paralização mundial em decorrência do Coronavírus. Em todo o planeta as pessoas se obrigaram a ficar em suas casas para evitar a contaminação pelo vírus. Governos tomaram providências diversas, desde ações para conter o ritmo das contaminações a medidas para proteger, dentro do possível, a economia.

Manter a população em casa sem prejuízo no salário é uma das metas propostas por diversos mandatários ao redor do Globo. Menos no Brasil, claro. Aqui o presidente pensa mais nos empresários que nos empregados. Alguém já perguntou: de que adianta proteger as empresas agora, se depois da crise não houver ninguém com poder de compra para adquirir bens e reaquecer a economia?

Em Feira de Santana o roteiro de ficção científica seguiu as mesmas direções. Prefeito manda fechar comércio, Câmara suspende sessões, empresas evitam aglomerações, e por aí vai. Mas basta uma volta por qualquer bairro da periferia para ver que boa parte da população não está percebendo a gravidade da situação. Alguns bares seguem abertos, e clientes q       ue não se conhecem ficam a poucos centímetros uns dos outros, num desafio perigoso à Covid-19. Ausência de bom senso que pode se refletir nos números de contaminados e mortos pela maior pandemia da idade moderna.

Feira de Santana pode ser considerada um microcosmo do mundo, neste caso. O que se vê por aqui, de bom ou de ruim, em relação ao Coronavírus, se vê pelo mundo todo. E temo que no Brasil a situação piore mais que em outros países, por conta deste temperamento desleixado de alguns brasileiros. Certamente a conta vai vir bem amarga no pós-crise.

Esta é a minha opinião!