JB Cardoso

Pablo e Justiniano, que não serão candidatos, voltam à Câmara para defender a Administração

No dia 24 de abril o vereador Pablo Roberto deixava sua cadeira na Câmara Municipal para reassumir a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedeso), pasta que ele chefiava antes de retornar ao Legislativo. Nesta quarta-feira, dia 3, Pablo e Justiniano França, que estava à frente da Secretaria de Serviços Públicos, voltaram para a Câmara e reassumiram seus mandatos. Olhando para o calendário eleitoral, percebe-se que no dia 4, quinta-feira, encerrou o prazo para pessoas que irão disputar as eleições 2020 se desincompatibilizarem de cargos público.

Até aí tudo certo, não fossem as declarações de ambos de que não pretendem concorrer nas eleições deste ano. Pablo declarou na tribuna da Câmara dia 22 de abril que estava abrindo mão da reeleição ao Legislativo e por isto voltava para a Sedeso. Já Justiniano declarou nesta semana que não será candidato a vereador, mas deixou no ar a possibilidade de concorrer na chapa de Colbert Martins para vice-prefeito.

Mas o que levaria dois secretários voltarem para a Câmara no limite do prazo se não quisessem concorrer? Eu arrisco uma hipótese: Colbert quer dois nomes fortes defendendo sua administração. Os dois suplentes que ocupavam as vagas, Carlito do Peixe e Josafá Ramos, não têm o peso político dos titulares. Nesta reta final até o início da campanha, Colbert pode precisar da experiência de Justiniano e Pablo no enfrentamento com a oposição, que apesar de pequena, é bastante ágil, sobretudo na figura do vereador Roberto Tourinho, pré-candidato a prefeito.

Josafá Ramos vê assim toda a luta para recuperar o direito à suplência desmoronar. O policial militar foi à Justiça garantir seu papel como primeiro suplente, pois a Câmara havia chamado Robeci das Vassouras para o lugar de Pablo Roberto. Com a vaga garantida, ele festejou nas redes sociais quando assumiu a cadeira. Mas nos treze dias de mandato, não mostrou a que veio. Muitos vídeos nas redes sociais, mas nenhum levantando propriamente algo relevante para a comunidade. Se era medo de se opor a Colbert, tampouco mostrou seu apoio ao prefeito. Suas postagens também são repletas de hashtags pró-Bolsonaro, e nenhum prefeito precisa agora ter seu nome relacionado ao presidente, que vem sofrendo grandes críticas por conta de uma administração pífia e cheia de erros. Com isto, Colbert deve ter preferido ter Pablo e Justiniano lhe representando na Câmara e nas redes sociais, o que os suplentes não faziam com competência.

Esta é a minha opinião!