O Irã disparou mísseis contra base americana no Catar, nesta segunda-feira (23 de junho), em operação que chamou de de Bênção da Vitória e considerou "devastadora e poderosa".
O alvo era a Base Aérea de Al Udeid, a maior instalação militar americana no Oriente Médio, localizada a 32 quilômetros a sudoeste da capital, Doha, posto de comando avançado do Comando Central dos EUA, com responsabilidade geral pelo Oriente Médio, e capaz de abrigar mais de 10 mil soldados.
O Catar afirmou que suas defesas aéreas interceptaram os mísseis, e o Departamento de Defesa nega ter havido feridos.
A Arábia Saudita condenou o ataque, chamando-o de "uma flagrante violação do direito internacional".
De acordo com o New York Times, “o Irã coordenou com autoridades do Catar o ataque à Base Aérea Norte-Americana de Al-Udeid, a fim de reduzir o número de vítimas”.
Segundo relato do jornal americano, três autoridades iranianas familiarizadas com os planos disseram que o Irã havia avisado com antecedência sobre a iminência de ataques, como forma de minimizar as baixas.
As autoridades afirmaram que o Irã precisava simbolicamente revidar contra os EUA, mas, ao mesmo tempo, executá-lo de uma forma que permitisse a todos os lados uma saída; descreveram a estratégia como semelhante à de 2020, quando o Irã avisou o Iraque antes de disparar mísseis balísticos contra uma base americana no Iraque após o assassinato de seu principal general.
Alarmes foram ativados na base dos Estados Unidos de Al-Salam, no Kuwait, e, segundo relatos da mídia árabe, sistemas de defesa aérea foram ativados no Catar e no Bahrein, após os lançamentos de mísseis realizados pelo Irã contra instalações norte-americanas