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Drone de Israel mata número 2 entre os terroristas do Hamas

Bombardeio deixa 6 mortos e 11 feridos

Saleh al-Arouri, o segundo na hierarquia do braço político do grupo terrorista Hamas, estava em um escritório no Líbano, atacado nesta terça-feira (2 de dezembro) por um drone enviado por Israel.

O bombardeio deixou 6 mortos e 11 feridos. Al-Arouri, de 58 anos de idade, vice de Ismail Haniyeh desde 2017, era responsável pelas operações na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967 e cofundador das Brigadas Izzedine Al-Qassam, a ala militar do Hamas.

O ataque ocorreu em Danyeh, subúrbio entre o centro de Beirute e o Aeroporto Internacional. 

O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, condenou o que chamou de um “novo crime israelense” e disse que o país estava apresentando uma queixa ao conselho de segurança das Nações Unidas. 

Em represália ao ataque, o grupo terrorista Hamas disse que não libertará mais reféns que fez durante os ataques de 7 de outubro a Israel, exceto nos seus próprios termos. Segundo a agência de notícias Reuters, o chefe político do grupo, Ismail Haniyeh, expôs a posição do Hamas às autoridades do Egito e do Catar, países que tentam mediar um cessar-fogo semelhante ao de novembro, que viu mais de 100 reféns serem libertados. 

O ex-enviado israelense às Nações Unidas, Danny Danon, parabenizou as agências de segurança e inteligência israelenses.

“Parabenizo as FDI, o Shin Bet, o Mossad e as forças de segurança por matarem Salah al-Aaruri, alto funcionário do Hamas [sp] em Beirute”, disse Danon no X (antigo Twitter).

“Qualquer pessoa envolvida no massacre de 7 de outubro deve saber que entraremos em contato com eles e fecharemos uma conta com eles”, acrescentou Danon.

Em outubro  de 2023 as FDI-Forças de Defesa de Israel demoliram a residência de Saleh al-Arouri na cidade ocupada de Aroura, na Cisjordânia.

Em novembro de 1990, al-Arouri foi preso pelas autoridades israelenses, mas passou apenas seis meses na prisão.

Preso novamente pouco depois, passou 15 anos detido. Em 2007, al-Arouri foi novamente preso pelas autoridades israelitas e libertado em Março de 2010, provavelmente pelo seu papel decisivo na libertação do soldado israelita Gilad Shalit, que foi capturado pelo Hamas em 2006.

Al-Arouri foi posteriormente expulso de Gaza porque a sua presença era considerada uma ameaça para Israel, tendo se mudado para Damasco, na Síria, onde se juntou ao gabinete político do Hamas liderado por Khaled Meshaal.

Quando Khaled Meshal deixou Damasco no início da Guerra Civil Síria, al-Arouri mudou-se para Istambul, Turquia, onde estabeleceu seu próprio escritório.

Até 2015, al-Arouri viveu na Turquia; em dezembro de 2015, foi relatado que ele havia trocado a Turquia pelo Líbano.