Wanda Chase

12 capoeiristas e uma bailarina contam o amor de Romeu e Julieta

Notícias exclusivas sobre música e arte baianas, toda sexta-feira - opraiwandachase@gmail.com


Wanda Chase

Oi! Cheguei cheia de assunto.

A partir de hoje vai ser assim toda sexta-feira.

É o “Opraí Wanda Chase“. Com os bastidores da música e outras artes da Bahia.

Vou falar de gente que produz, dos novos talentos dessa terra que amo de paixão; afinal, na Bahia o que não falta é notícia.

Se Deus quiser, vai ser bom demais. 

Cultura e entretenimento é aqui, falou?

Vamos lá!

Romeu e Julieta em Salvador

Olha que legal! 12 capoeiristas baianos e uma bailarina brasileira vão contar a história de amor dos jovens Romeu e Julieta, aqueles mesmos do clássico do dramaturgo inglês William Shakespeare.


A direção é do coreógrafo francês Philippe Talard

A peça foi escrita entre 1591 e 1595, mas continua atual. Fala de conflitos familiares, machismo, racismo.

A história originalmente tem como cenário a cidade de Verona, na Itália. Mas desta vez Salvador será o pano de fundo.

Romeu é vivido pelo capoeirista baiano “envergado“, Dielden Alves Costa, de 20 anos. Ele mora no Vale da Muriçoca, no bairro da Federação e é órfão de pai e mãe.

Os trabalhos para montar este clássico tiveram início logo depois do carnaval deste ano, mas tudo foi mantido em segredo. O “Romeu baiano“ ganhou o papel em um teste. Selecionado, ele foi para Luxemburgo, na Europa, onde passou três meses ensaiando.

A bailarina carioca Márcia Jaqueline vive Julieta. Ela vive na Áustria, onde é primeira bailarina do Ballet Landestheater, de Salzburg e é a única mulher no elenco. Ela também é primeira bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.


Julieta e Romeu - Foto: Jorge Thadeu

E tem mais dendê nesse espetáculo. A trilha sonora é assinada pelo percussionista Wilson Café, que já tocou com Maria Bethânia, Gal Costa, Asa de Á, Elba Ramalho e Margareth Menezes.

Romeu e Julieta estreia neste sábado (26 de outubro) e fica em cartaz também no domingo, sempre às 20h, no Teatro Casa do Comércio, com ingressos a R$ 50 e R$ 25.

Ano que vem o espetáculo corre o Brasil e depois faz turnê na Europa.


Ensaio do espetáculo Romeu e Julieta - Foto: Jorge Thadeu

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O Silêncio que canta por liberdade

Os compositores baianos Carlos Pitta, Raimundo Sodré, Jorge Portugal, Capinam e Gerônimo foram entrevistados para a série “O Silêncio que canta por liberdade”.

Eles foram vítimas de músicas censuradas no período da ditadura militar no Brasil. O pesquisador Roberto Santana e Vovô, presidente do bloco afro Ilé Aiyê também foram ouvidos.

A série está programada para ser exibida em canal fechado no próximo ano. Vamos aguardar.

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Um presente para o Olodum

Olha que bacana! O Olodum vai ganhar um presente do compositor e cantor Tonho Matéria. É uma canção que fala do poder da água que forma o mar ...

Ano que vem o tema do bloco afro do Pelourinho para o carnaval é “Mãe, Mulher, Maria, Olodum”, inspirado no refrão da música “A Ver Navios”, composição de Roque Carvalho e Valmir Brito .

O refrão diz: ”mãe, mulher, Maria, Olodum amamentando o dia.“

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Festa baiana vai virar filme em Paris

A Lavagem de Madeleine, realizada há 18 anos em Paris, vai virar filme.

É a Lavage de L’âme sob o olhar da jornalista baiana Liliane Reis. Ela assina o roteiro e a direção do trabalho.

A lavagem foi criada pelo santamarense Roberto Chaves. Robertinho, como é conhecido, foi office boy de Gilberto Gil na Câmara Municipal de Salvador, quando ele era vereador.

Mas Roberto Chaves também era cantor e compositor e em turnê pela Europa com Margareth Menezes, resolveu ficar na cidade luz.

Criar a lavagem, além de reafirmar a importância da cultura baiana, foi uma forma que ele encontrou de amenizar o “banzo“ da Bahia, a saudade.


A Lavagem de Madeleine é o único evento de rua realizado em Paris

O evento tem o mesmo formato da Lavagem do Bonfim e da de Santo Amaro, com suas baianas vestidas a rigor, carregando vasos com flores e água de cheiro.

É um espetáculo e dá um sentimento de baianidade ver o cortejo passar... e a gente se sente em Salvador.

Por cinco anos eu e equipe da TV Bahia reportamos essa festa. É bom demais poder dar em primeira mão essa notícia pra vocês.

Agora o mundo inteiro vai conhecer a Lavagem de Paris.

“A importância de realizar o registro audiovisual da Lavagem de la Madeleine, em especial no ano de 2019, se deve ao papel de destaque da cidade de Paris no momento atual do Brasil. Paris tem sido uma cidade ativa para ecoar para o mundo o debate sobre os rumos do brasil contemporâneo”, afirma a jornalista Liliane Reis.

Esse conteúdo - continua Liliane Reis - deve circular em festivais, canais de TV e internet, alimentando debates e servindo de material audiovisual para as novas edições, ampliando o alcance da festa.


Liliane Reis

Liliane Reis foi repórter de cultura do jornal Correio e apresentadora e repórter do programa Na Carona, exibido pela TV Bahia.

Ah! O filme é em francês, mas vai ser traduzido para o português.

Bem, minha gente até sexta que vem, com mais novidades.