
Segundo a Polícia de Israel, dois terroristas entraram num ônibus e abriram fogo no Cruzamento de Ramot, um local de grande movimento durante o período da manhã. Ambos foram mortos por um soldado israelense e um civil armado que estavam no local.
O Shin Bet, o serviço de segurança interno de Israel, prendeu um motorista sob suspeita de ter auxiliado os terroristas que executaram o ataque.
Os dois terroristas já foram identificados: Mutana Amro, 20, do vilarejo palestino de Al-Qubeiba, e Mahmoud Tahah, 21, do vilarejo palestino de Qatanna.
O tiroteio ocorreu durante o horário de pico em Ramot Junction, uma via de entrada para Jerusalém Oriental, ocupada por Israel desde 1967.
Dois homens, que chegaram em um veículo, abriram fogo contra um ônibus e pessoas próximas, com uso de submetralhadora caseira (tipo “Carlo”).
Segundo os serviços de emergência, seis vítimas foram mortas, entre elas um cidadão espanhol, e 12 ficaram feridas, algumas em estado grave.
Reação imediata
Agentes de segurança, incluindo um soldado israelense e um civil armado, reagiram rapidamente, eliminando os atacantes no local. As autoridades prenderam um terceiro suspeito possivelmente envolvido no ataque.
O Ministério da Defesa israelense mobilizou tropas e executou operações de cerco em áreas próximas à cidade de Ramallah, na Cisjordânia. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu visitou o local e classificou o ataque como parte de uma “guerra poderosa” contra o terrorismo, prometendo resposta dura. O ministro da Defesa Israel Katz também alertou para consequências severas.
O Hamas elogiou o ataque como uma forma de resistência, ainda que não tenha reivindicado responsabilidade direta. Por sua vez, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, condenou qualquer ataque contra civis, tanto palestinos quanto israelenses.
O episódio representa o ataque mais letal em Jerusalém desde outubro de 2024, quando um tiroteio em Tel Aviv deixou várias vítimas.
Apenas durante o mês de agosto, as forças de segurança de Israel conseguiram impedir que 88 ataques terroristas fossem executados no país. Desde o início do ano, foram mais de mil.
Em frente
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que vai seguir em frente com a campanha militar para a tomada da Cidade de Gaza e, posteriormente, da integralidade da Faixa de Gaza, apesar da oposição da maior parte da própria sociedade israelense.
“Em relação aos danos diplomáticos, quero dizer uma coisa: se eu precisar escolher entre a vitória sobre os nossos inimigos e a propaganda maliciosa contra nós, escolho a vitória sobre nossos inimigos, e não o oposto. Não quero histórias de que fomos derrotados por nossos inimigos e que sejamos elogiados pela mídia global. Eu escolho a vitória”, disse.
Ainda segundo Netanyahu, cerca de cem mil moradores da Cidade de Gaza já seguiram as ordens do exército e deixaram o local rumo às zonas humanitárias no sul do território. O número apresentado pelo premiê representa o equivalente a cerca de 10% do total de moradores.
Até o momento não há um deslocamento em massa da população para deixar a Cidade de Gaza, conforme o exército planejava. A dúvida é como Israel vai agir a partir disso.
De acordo com dados do exército, as forças israelenses já controlam cerca de 40% da Cidade de Gaza e 75% da Faixa de Gaza.