Mundo / Política

Vitória de José Antonio Kast tira
a esquerda do poder no Chile

A vitória foi impulsionada por uma agenda centrada em segurança pública e controle migratório

Foto: Ilustração Claude IA
Kast obteve mais de 58% dos votos, no Chile
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José Antonio Kast venceu o segundo turno presidencial no Chile com 58,16% dos votos e será o novo presidente. Sua campanha priorizou segurança e controle migratório. Gabriel Boric reconheceu o resultado. Kast enfrentará um Congresso fragmentado, o que pode dificultar a aprovação de reformas.

O candidato de direita José Antonio Kast venceu o segundo turno da eleição presidencial no Chile e será o próximo presidente do país, em uma guinada política que encerra quatro anos de governo da coalizão liderada pelo atual presidente, Gabriel Boric.

Com mais de 99% dos votos apurados, Kast obteve 58,16% contra 41,84% da adversária Jeannette Jara, candidata apoiada pelo governo, segundo números divulgados por veículos internacionais com base na contagem oficial. 

A disputa chegou ao segundo turno após a votação de primeiro turno realizada em 16 de novembro de 2025, que definiu o confronto direto entre Kast e Jara em 14 de dezembro. 

A vitória de Kast foi impulsionada por uma agenda centrada em segurança pública e controle migratório. Durante a campanha, ele defendeu medidas mais duras contra o crime e propostas de endurecimento na fronteira e na política migratória, tema que ganhou peso no debate público chileno nos últimos anos.

Kast também prometeu cortes relevantes no gasto público e uma reorientação econômica percebida por parte do mercado como mais favorável a empresas, embora a viabilidade e o alcance dessas mudanças dependam do ambiente político no Congresso. 

Reações e transição

O presidente Gabriel Boric reconheceu o resultado e iniciou o processo de transição, em sinal de continuidade institucional após a apuração. Houve ainda manifestações de congratulações de lideranças estrangeiras, segundo relatos da imprensa internacional. 

Apesar da margem expressiva, Kast deve enfrentar um cenário legislativo fragmentado. Reportagens apontam que a composição do Congresso pode impor barreiras a propostas mais controversas e exigir negociação para aprovar reformas, inclusive no campo da segurança e do ajuste fiscal.