Mundo

Gaza: The New York Times se desculpa por mau jornalismo

A Grande Mídia brasileira continua se fazendo de morta

Jornais, emissoras de TV e de rádio, além de portais de notícias de vários países publicaram, sem checagem dos fatos e tendo como fonte única o grupo terrorista Hamas, ter Israel bombardeado um hospital na Faixa de Gaza, matando 500 pessoas.

Poucas horas depois, imagens divulgadas na internet pelos próprios palestinos que vivem em Gaza mostraram, no entanto, apenas alguns carros destruídos em um estacionamento. O hospital continua de pé, sem danos aparentes (como pode ter havido 500 mortes?). Mais: vê-se claramente um míssil lançado pelo Hamas em direção de Israel falhar e cair no estacionamento ao lado do hospital.

A imprensa brasileira, que havia publicado com destaque a informação dada pelos terroristas, continua se fingindo de morta, mas o maior jornal do mundo, o americano The New York Times, se desculpou com seus leitores pelo mau jornalismo.

"Os editores do Times deveriam ter tomado mais cuidado com a apresentação inicial e sido mais explícitos sobre quais informações poderiam ser verificadas", admite o veículo.

E confessa a cobertura vergonhosa: "As primeiras versões da cobertura - e o destaque que recebeu nas manchetes, nos alertas de notícias e nos canais de comunicação social - baseavam-se demasiado nas alegações do Hamas e não deixavam claro que essas alegações não podiam ser imediatamente verificadas".

O trabalho jornalístico do Times "deixou os leitores com uma impressão incorreta sobre o que era conhecido e quão credível era o relato", constata o jornal americano.

E promete ter mais cuidado: "Os líderes das redações continuam a examinar os procedimentos em torno dos maiores eventos de notícias de última hora - inclusive para o uso das maiores manchetes no relatório digital - para determinar quais salvaguardas adicionais podem ser garantidas."

A admissão do erro é prática altamente recomendada no jornalismo, mas no Brasil a imprensa, que espalhou a versão de um grupo terrorista sem qualquer prova do que aconteceu, no máximo apagou o que havia publicado ou mudou o título das matérias. Em muitos casos, nem isso.

Os leitores brasileiros têm, portanto, motivos para continuar desconfiando do que é publicado pela imprensa nacional.