Dirigido pelo produtor audiovisual Luis Ferreirah, bàtálá tem direção de arte de Vanessa Rodrigues e direção de produção de Silvia Abreu. O elenco, formado por personalidades da comunidade negra gaúcha, conta com a participação especial de uma das maiores autoridades do povo Yorùbá, Nigéria, o Araba Awo Ilobu, Babalawo Ifaniyi Alade Ojo, atual sumo sacerdote da cidade de Ilobu, seguindo a tradição milenar daquele povo. A música, o arranjo e a produção musical são de autoria de Dessa Ferreira e de Ìdòwú Akínrúlí, com participação de Dona Conceição. Destaca-se o coro formado por Dessa, Ìdòwú Akínrúlí, Agbage Dansaki, Gutcha Ramil e Kika Brandão.
Para Dessa Ferreira, falar de ancestralidade africana e indígena “é fazer ecoar o que já vem sendo dito e feito, há milhares de anos, por diversos seres, é mostrar que existimos através da nossa ancestralidade”, e acrescenta: “manter formas de culto que são demonizadas por séculos, devido ao racismo religioso, é resistir diariamente e, por isso, muitas pessoas negras e indígenas deixaram de acreditar e viver da forma que nossos ancestrais viviam. Digo isso por experiência própria, pois venho de uma família negra e indígena que foi catequizada e que se afastou das suas raízes por uma questão de sobrevivência”.
Dessa Ferreira - Música Afro-Indígena Contemporânea foi selecionado pelo edital Natura Musical, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio Grande do Sul (Pró-Cultura), ao lado de Cristal, Ianaê Régia, Laddy Dee e Goj tej e goj ror - As Águas São Nossas Irmãs, por exemplo. No Estado, a plataforma já ofereceu recursos para 45 projetos até 2021, como Filipe Catto, Tem Preto no Sul, Borguetti e Yamandu, Zudizilla, Sons que Vem da Serra e Thiago Ramil. Este projeto é uma realização de Silvia Abreu Comunicação e Gestão Cultural Ltda.
No vídeo
Dessa Ferreira e Ìdòwú Akínrúlí