A Secretaria de Estado de São Paulo confirmou, nesta quarta-feira (1), o terceiro caso da variante Ômicron no Brasil. Trata-se de um passageiro proveniente da Etiópia, de 29 anos, que desembarcou em Guarulhos no sábado (27), quando testou positivo para covid-19.
De acordo com as informações, o passageiro está em isolamento domiciliar desde o desembarque, sem sintomas, e sendo acompanhado pela vigilância do município de Guarulhos, local que reside. O homem é vacinado com duas doses do imunizante da Pfizer.
Os dois primeiros casos da variante Ômicron no Estado foram confirmados na tarde de terça-feira (30). Os casos são de um homem de 41 anos e uma mulher de 37, provenientes da África do Sul.
Eles desembarcaram no Brasil no dia 23 e fizeram exame antes de embarcar novamente no dia 25. Ambos tiveram resultado positivo em exames de PCR coletados no Aeroporto Internacional de Guarulhos, antes de viagem à África do Sul.
Nesta quarta-feira (1), a vigilância municipal da capital atualizou as informações dos pacientes para a pasta estadual e informou que ambos foram vacinados com o imunizante da Janssen na África do Sul.
Máscaras
O governo do estado de São Paulo fará uma nova avaliação sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes abertos, após o diagnóstico de um casal vindo da África com a variante Ômicron do coronavírus. A previsão é que Comitê Científico emita um parecer na próxima semana.
A flexibilização havia sido anunciada no último dia 24, baseada em dados do avanço da vacinação e do cenário epidemiológico, e passaria a valer a partir de 11 de dezembro. O governo reforça que, independentemente da decisão do comitê, o uso das máscaras continuará obrigatório em ambientes fechados e no transporte público.
O estado de São Paulo tem, atualmente, 75,8% da população com esquema vacinal completo. Quando considerada apenas a população adulta, o percentual é de 93,7%.
Moradores de rua
A prefeitura de São Paulo faz nesta quarta-feira (1º) um trabalho de busca ativa de pessoas em situação de rua que não tenham recebido a primeira dose ou a dose de reforço da vacina contra a covid-19. A ação será no Núcleo de Convivência São Martinho Lima, na região do Belenzinho.
Até a última sexta-feira (26), foram aplicadas 42.618 doses entre as pessoas em situação de rua da capital paulista. Segundo a prefeitura, 20.360 dessas pessoas estão com o esquema vacinal completo.
Em junho deste ano, quem estava em situação de vulnerabilidade teve a vacina da Janssen priorizada, devido à vantagem de ser aplicada em dose única.
Com a mudança de estratégia na vacinação, porém, quem foi vacinado com o imunizante da Janssen deve receber também uma dose adicional. Desde o último dia 29, São Paulo liberou que o reforço seja feito com a vacina da Pfizer. Basta ter tomado a vacina da Janssen há pelo menos dois meses.
Vacina para os faltosos
O governo estadual de São Paulo promoverá ação para intensificar a aplicação da segunda dose e da dose de reforço do imunizante contra a covid-19 para as pessoas que não voltaram para tomar a vacina. A iniciativa começa nesta quarta-feira e se estende até o próximo dia 10 em todas as cidades do estado.
Segundo as informações do governo estadual, 4,3 milhões de pessoas ainda precisam tomar a segunda dose do imunizante. No total, 201 mil idosos acima de 60 anos devem procurar as unidades básicas de Saúde para completar o esquema vacinal. Entre 50 e 59 anos, são 267 mil pessoas; entre 40 e 49 anos, 438 mil faltosos, e entre 30 e 39 anos, o número é de 707 mil pessoas.
Na faixa etária entre 20 e 29 anos, 1,4 milhão de pessoas ainda precisam tomar a segunda dose da vacina e entre os adolescentes de 12 a 19 anos, o número chega a 1,3 milhão de faltosos.