No fim de semana, o mundo atingiu um marco trágico, com mais de 3 milhões de pessoas perdendo suas vidas para a Covid-19. E quase metade dessas mortes aconteceu na região das Américas e Caribe.
A informação foi compartilhada pela diretora da Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, Carissa Etienne.
Situação
Falando a jornalistas em Washington, ela disse que “por trás de cada morte está uma vida interrompida e o sofrimento inimaginável de famílias e entes queridos.” Para ela, isso é um lembrete de que se deve fazer mais, pois o vírus continua sendo uma ameaça em todos os cantos da região.
Na última semana, a região notificou mais de 1,5 milhão de novos casos e quase 40 mil mortes.
Após meses difíceis, o Brasil está notificando uma descida, inclusive na região amazônica. Etienne afirmou, no entanto, que “os casos permanecem alarmantes em todo o país e alguns municípios têm sido rápidos em aliviar as restrições, então é provável que essas tendências sejam revertidas.”
Vacinas
Etienne contou que a Opas continua com sistemas de vigilância para ver como os medicamentos e vacinas afetam as populações. Segundo ela, os relatos de efeitos colaterais inesperados são muito raros e as decisões de órgãos reguladores apenas mostram que os sistemas de vigilância estão funcionando.
Ela afirma que “as vacinas estão salvando vidas e contribuirão para controlar a transmissão em um futuro próximo, quando se alcançar uma alta cobertura de imunização.”
Em Israel, os imunizantes já estão ajudando a reduzir as infecções e dados iniciais do Chile e de algumas cidades do Brasil indicam uma redução nas hospitalizações entre os idosos.
Até o momento, a Opas já ajudou distribuir mais de 4,2 milhões de doses em 29 países. Milhões serão lançadas nas próximas semanas.
Lembrando que, próxima semana, a Opas celebra a Semana Mundial de Imunização, Etienne disse que a região precisa de mais doses e precisa que os países administrem rapidamente as doses que têm. Também é necessário construir confiança nas comunidades.
Informação
A chefe da Opas também destacou a necessidade informações confiáveis, dizendo que, por mais de um ano, o mundo foi inundado com notícias e informações sobre o vírus.
Ela lembra que a ciência é um processo colaborativo e em evolução e, por isso, a Opas continua realizando coletivas de imprensa para compartilhar as informações confiáveis mais recentes.
Etienne afirma que “nem todas as fontes são dignas de confiança e rumores insidiosos e teorias da conspiração continuam se espalhando, causando medo e custando vidas.”
Segundo a diretora, hoje, “a desinformação é uma das mais graves ameaças à saúde pública.”
Por isso, o braço regional da OMS está colaborando com empresas de tecnologia como Twitter, Google e Facebook para abordar notícias falsas e garantir que o público possa encontrar facilmente informações precisas
Segundo ela, “todos têm um papel a cumprir para impedir que esses rumores se propaguem online ou em conversas.”
Antes de compartilhar algo, todos devem verificar a fonte e confirmar se a informação é verdadeira. Se tiverem dúvidas, não devem compartilhar.