O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu uma investigação sobre a falsa filiação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fundador e líder do Partido dos Trabalhadores (PT), no Partido Liberal (PL) de Jair Bolsonaro.
"Considerando a existência de indícios de crime a partir da inserção de dados falsos em sistema eleitoral, encaminhem-se os presentes autos ao diretor-geral da Polícia Federal (PF)", ordenou o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE.
Segundo Moraes, existem "claros indícios" de que houve falsidade ideológica na filiação de Lula ao PL de São Bernardo do Campo, dado que é notório que Lula, que morou durante anos na cidade do ABC paulista, pertence ao PT.
O TSE identificou que a filiação foi feita pelo login da advogada Ana Daniela Leite e Aguiar, do PL, que presta serviços a Bolsonaro. Ela não comentou o caso.
Já o deputado Valdemar da Costa Neto, presidente do partido, minimizou o caso, que chamou de "bobagem", e disse que a filiação de Lula foi "feita por algum hacker". Ele rejeitou a possibilidade de a advogada ter cometido crime eleitoral.