Alberto Oliveira

Empresa de Mark Zuckerberg vira problema para investidores

Em apenas um dia a Meta perdeu US$ 670 bilhões

O metaverso é a maior aposta do criador do Facebook, Mark Zuckerberg, mas os sonhos de domínio do universo paralelo estão virando uma enorme dor de cabeça para os investidores.

Em apenas um dia da semana passada, a Meta, holding do Facebook, perdeu US$ 670 bilhões de valor de mercado, com uma queda de 20% em suas ações (mais de 60% em 2022 e quase 80% desde setembro de 2021), deixando Zuckerberg US$ 11 bilhões menos rico (ele era a 25ª pessoa mais rica do mundo e agora está em 29ª lugar).

Há uma decepção quanto aos custos de desenvolvimento da plataforma, a começar pelo que se considera um número excessivo de funcionários (87.314 em 30 de setembro, 28% acima do registrado em 2021). 

Os custos e despesas atingiram US$ 22,05 bilhões, aumento de 19% se comparados com os do ano anterior.

Em 2019, a divisão que desenvolve o metaverso teve US$ 4,5 bilhões de perdas. Em 2020, os prejuízos subiram para US$ 6,6 bilhões e, em 2021, mais US$ 10,1 bilhões.

Pior: há uma queda preocupante na receita vinda do mercado publicitário, muito devido à concorrência do TikTok, hoje a plataforma queridinha para os usuários de vídeos curtos.

Outros dois gigantes também sangram. Segundo dados da Forbes, as ações do Google acumulam queda de 36% em 2022 e as da Microsoft, caíram 32%. 

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Fora da gaiola

Para o bem ou para o mal, o bilionário Elon Musk (enfim) assumiu o controle do Twitter e chegou com os dois pés na porta, ameaçando cortar 75% das vagas de trabalho.

Os primeiros foram o CEO Parag Agrawal e o diretor Ned Segal. Pior para o principal executivo jurídico da empresa, Vijaya Gadde, e o presidente Bret Taylor, escoltados para fora do prédio.

"O pássaro foi libertado", avisou Musk, incomodado com o fato de a plataforma ter se transformado em arena para os disseminadores do discurso de ódio, que ajudam a dividir ainda mais a sociedade.