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Vacinação é suspensa em Salvador e segunda-feira terá só a 2ª dose

Veja os pontos de vacinação

Na segunda-feira a vacinação será das 8h às 15h, para as pessoas com data de retorno até 31 de maio

A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), vai prosseguir a vacinação contra a Covid-19 na segunda-feira (31) apenas para aplicação da segunda dose. Neste domingo (30), não haverá imunização na cidade.

A estratégia acontecerá na segunda, por demanda aberta, das 8h às 15h, para as pessoas com a data de retorno até o dia 31 de maio. Antes de comparecer aos postos, é necessário conferir a data indicada no cartão de vacina ou no site da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), no endereço www.saude.salvador.ba.gov.br. 

As pessoas que precisam receber a segunda dose do imunizante Oxford para fechar o esquema vacinal também podem fazer o agendamento pelo site Hora Marcada, no endereço vacinahoramarcada.saude.salvador.ba.gov.br. A aplicação da primeira dose continua suspensa devido à falta de vacinas, sendo retomada apenas após o envio de lotes por parte do Governo Federal.

A segunda dose da CoronaVac será aplicada nos seguintes pontos: Unijorge Paralela (drive e fixo), Faculdade Bahiana – Unidade Brotas (drive e fixo), Universidade Católica de Salvador – Campus Pituaçu (drive e fixo) e UBS Nelson Piauhy Dourado (fixo).

A segunda dose do imunizante da Oxford estará disponível nos drive-thrus montados na Arena Fonte Nova – Nazaré, 5º Centro de Saúde – Barris; Vila Militar – Dendezeiros, Parque de Exposições – Paralela; Atakadão Atakarejo – Fazenda Coutos e Centro de Convenções de Salvador – Boca do Rio. Os cidadãos também podem seguir para um dos seguintes pontos fixos, situados na UBS Ramiro de Azevedo – Campo da Pólvora; 5º Centro de Saúde – Barris; Colégio da Polícia Militar - Dendezeiros; Parque de Exposições – Paralela; USF Fernando Filgueiras – Cabula VI e USF Cajazeiras X.

Prefeitura teme terceira onda

O crescimento dos casos de covid em Salvador acendeu o sinal amarelo no sistema de saúde e serve como um alerta sobre a necessidade de manter os cuidados.

Nesta sexta-feira (28) pela manhã, o percentual da ocupação de leitos era de 79%, com mais de 206 mil casos confirmados no município. Na lista dos bairros com maior número de contaminação, a Pituba lidera com mais de 6,5 mil casos, seguido de Pernambués, Brotas, Itapuã e Fazenda Grande do Retiro.

Nestes últimos quatro bairros, as medidas restritivas permanecem, com pontos de testagem e distribuição de máscaras para a população.

A infectologista da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) Adielma Nizarala comenta sobre uma possível terceira onda, que pode ser inevitável. “Podemos reduzir a quantidade de casos através da não aglomeração, do uso adequado de máscara, distanciamento social e medidas de higiene, mas isso infelizmente não está acontecendo”, disse.

Rotina pré-pandemia – Uma coisa que tem preocupado, segundo a médica, são casos de pessoas que, após a primeira dose da vacina, abandonaram o uso de máscara e adotaram a rotina pré-pandemia, sendo que este ainda não é o momento para isso. Ela alerta que, mesmo com as duas doses, a vacina não confere 100% de imunidade contra a doença – as doses apenas ajudam para que a contaminação não evolua para casos gravíssimos e até óbito.

Sobre a disponibilidade de leitos na capital baiana, Adielma lembra que o fato do município ter um número finito de possibilidade de leitos é real. “Quanto menos pessoas tiverem o vírus, menor o número de pacientes com casos graves. Hoje temos uma taxa de 3% de mortalidade, e a melhor forma que temos de fazer a prevenção é não pegar. Sem a vacina, não sabemos se o caso pode evoluir para mais grave”.

Salvador tem mais de 750 mil pessoas vacinadas, por idade, comorbidade ou profissão. A supervisora de indústria farmacêutica Nathali Sampaio já recebeu a primeira dose da vacina de Oxford e conta que, mesmo assim, mantém os protocolos sanitários no dia a dia.

Aos 36 anos de idade, ela relata que quando pode, mantém o home office e, se houver necessidade de ir à rua, ela usa duas máscaras para proteção, além de sempre ter o álcool gel em mãos e manter o distanciamento. “Não é por ter tomado a vacina que ela vai resolver o problema. Eu redobrei os cuidados, pois acredito que mesmo a gente estando vacinada com a primeira dose, ainda podemos pegar a doença”.