A quarentena de 2020 pode ter restringido a maior parte do mundo às suas casas, mas a infidelidade continuou acontecendo em grandes proporções.
A Ashley Madison, maior site de relacionamentos extraconjugais do mundo, descobriu recentemente que pessoas casadas que passam por altos níveis de estresse preferem buscar o apoio de alguém que não seja seu cônjuge.
A empresa controladora de Ashley Madison, ruby Life Inc., produz um relatório anual de estatísticas de clientes para fornecer uma visão clara sobre a crescente comunidade global do site.
O relatório encontrou mais de 5,5 milhões de novos registros de homens e mulheres, representando uma média de mais de 15.200 novos membros ingressando diariamente. Ashley Madison alcançou a marca de 70 milhões de membros perto do final do ano, e o número de membros continua crescendo.
Em 2020, o Brasil teve uma média de inscritos de 137.611 usuários por mês - foi o segundo país com mais inscritos atrás somente dos Estados Unidos.
Globalmente, a proporção de contas femininas ativas para contas masculinas ativas era de 1: 0,7 - no Brasil é 2,2 mulheres por homem.
“Esses números não são apenas indicativos de quão onipresente é a traição, mas também do pouco efeito que a pandemia teve na capacidade de trair”, disse Paul Keable, diretor de estratégia da Ashley Madison.
“Embora os bloqueios impedissem muitas pessoas casadas de verem seus affairs pessoalmente, eles não eram páreo para a comunicação virtual e a capacidade de terem casos ativos por mensagens de texto, chamadas telefônicas ou chats de vídeo.”
De acordo com os dados, os casais estão se envolvendo em pouca ou nenhuma intimidade física, apesar de passarem mais tempo juntos em casa, com poucos encontros sociais ou profissionais - se houver - fora de casa e com praticamente nenhuma mudança na libido tipicamente ativa.
Muitos membros agora relatam ter menos atração pelo parceiro principal, além do aumento no incômodo com a convivência desde o início do isolamento.
A maioria dos membros cita a falta de atividade sexual dentro do casamento como a razão para traírem e, portanto, procuram ou fazem sexo com alguém que não o cônjuge.
A pandemia e o subsequente tempo gasto dentro de casa devido ao isolamento afetaram os casais de várias formas, com aumento da ansiedade, do medo, da solidão, do tédio e da frustração. Em vez de procurar o conforto do principal parceiro durante este período estressante, nossos membros relataram. principalmente, procurar algo fora do relacionamento para lidarem com isso.
Apesar dos efeitos colaterais extremamente negativos que o isolamento causou nos casados, os membros relataram uma mudança de valores e mais autocuidados como resultado direto das restrições impostas - algo do qual prometem se lembrar e se adaptar após a pandemia.
Os amantes casados relataram pouca ou nenhuma intenção de acabar com o casamento, apesar do aumento da tensão, da falta de sexo e do estresse geral nos casais devido à pandemia.
Ao procurar a infidelidade como mecanismo de enfrentamento; e considerando o caso extraconjugal como uma forma confiável de autocuidado, eles encontraram o ânimo, a valorização e a conveniência que faltavam no casamento para se dedicarem ao cônjuge enquanto enfrentam um futuro incerto. Os casos extraconjugais se mostraram um inesperado porto seguro.
Fonte: Ashley
5 descobertas a partir da pesquisa
1ª descoberta: a falta de interesse sexual do cônjuge é a principal queixa dos indivíduos casados durante o lockdown; muitos pararam de fazer sexo e sentem menos atração pelo cônjuge.
2ª descoberta: as pessoas não procuram o parceiro em momentos de incerteza e estresse; elas procuram outra pessoa.
3ª descoberta: a pandemia não diminuiu o desejo ou a capacidade de trair; na verdade, só alimentou.
4ª descoberta: ao passarem a maior parte do tempo em casa, os amantes casados consideram a infidelidade uma forma integral de autocuidado e uma maneira de manter o casamento.
5ª descoberta: menos socialização está pondo em xeque o papel do principal parceiro como único confidente, amigo, amante e fonte de paz.