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Uma mulher é morta por questões de gênero a cada quatro horas na Bahia

Estudo é da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia em parceria com a SSP

Foto: Tumisu/Pixabay.com/Creative Commons
Violência contra a mulher
E esse é um tipo de crime que ocorre dentro do lar e a partir de uma relação afetiva entre o autor e a vítima

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em parceria com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), apresenta, em um estudo, os padrões de feminicídios no estado.

Trata-se de um trabalho inédito para o estado construído a partir de todos os Boletins de Ocorrência (BO) identificados com essa tipificação criminal, entre os anos de 2017 e 2020. 

Na Bahia, de 2017 a 2020, foram 364 vítimas de feminicídios. Isso significa dizer que, uma mulher é morta por questões de gênero a cada quatro horas na Bahia.

Esse é um fenômeno crescente a uma taxa média anual de 13,2%. Esta observação é confirmada pelo incremento da incidência de casos: 1,0 mulher assinada a cada 100 mil baianas em 2017, para 1,5 em 2020. E esse é um tipo de crime que ocorre, sobretudo, dentro do lar e a partir de uma relação afetiva entre o autor e a vítima.

O trabalho foi divulgado em dois formatos: um dashboard com infográficos e um texto para discussão. O objetivo é apresentar para a sociedade os padrões e especificidades desse tipo de violência no estado, definida legalmente como a morte de uma mulher por questões de gênero, e que apresenta caracterizações díspares de outros tipos criminais.