O ano de 2020 foi difícil. A pandemia e a crise financeira decorrente do isolamento social afetaram todo o País. Do fechamento de negócios às taxas históricas de desemprego, manter as finanças em dia foi um desafio.
Com a proximidade do final do ano, muitas pessoas aproveitam o dinheiro do 13º para comprar roupas, presentes, reformar a casa e fazer festas. Porém, em 2020, segundo dados da Boa Vista, quase 80% dos brasileiros pretendem gastar menos que em 2019.
A pesquisa foi realizada com 400 consumidores e apontou que o valor médio de gastos com o fim do ano será de R$ 545,49, contra R$ 564,96, em 2019.
Segundo o educador financeiro Caio Katayama, essa diminuição tem relação direta com a pandemia e o desemprego.
“A pandemia trouxe muitas dificuldades para a população, com muitas pessoas desempregadas e a inflação aumentando, as compras de fim de ano, seja com presentes ou na alimentação deve diminui. Mesmo com uma parcela da população ainda está recebendo o auxilio emergencial, é importante se preparar financeiramente para não começar o ano com dívidas”, comenta Katayama, que também é fundador da Ótris Soluções Financeiras.
1. Pesquise quais são os descontos para pagamentos à vista: Se você esta interessado em comprar presentes, procure antes conhecer as formas de descontos que as lojas oferecem. Lembre-se que o ideal é não realizar empréstimos ou utilizar o cheque especial, pois os juros cobrados são muito altos.
2. Guarde o dinheiro do 13º/ auxilio emergencial: Quando o consumidor ganha o décimo terceiro ou as últimas parcelas do auxílio emergencial é instintivo gastar o dinheiro que entrou com as compras de fim de ano. Mas, o mais indicado é fazer as contas, quitar ou renegociar o que esta pendente e se programar para comprar os presentes.
Além disso, é recomendado calcular os gastos e negociar os melhores descontos com a credora e, se possível, pagar tudo à vista. Um consumidor com as contas controladas tem a renda livre para se planejar.
3. Crie listas: Não se deixe ser levado pelas propagandas, não compre nada por impulso. Organize em uma lista o valor que tem para gastar, desde a lista de supermercado até os presentes. Quanto mais se organizar, menor será a chance de ser pego de surpresa.
4. Use o cartão de crédito com moderação: o cartão de crédito possui uma das taxas de juros mais altas do mercado. Então, é preciso fugir do alto limite e não se empolgar nas compras, logo que essa atitude pode impactar no futuro não tão distante, logo que no começo do ano, impostos como IPTU e IPVA chegam.
5. Seja disciplinado: Além de criar listas, o educador orienta que as pessoas mantenham o foco e sigam todas as dicas. É preciso pensar nos gastos como algo a se evitar e nas dividas como um obstáculo a ser enfrentado.
Como fazer dinheiro em tempos de crise
"Ninguém ganha dinheiro, pois tudo é uma troca. Fazer dinheiro é algo que se aprende", garante Bruno Gimenes, um dos responsáveis pela expansão do desenvolvimento pessoal e da prosperidade no Brasil.
Ele dá 6 dicas, mostrando como prosperidade depende de decisão.
1) Substitua a expressão organizar as minhas contas por organizar os meus ganhos. Isso pode parecer místico demais, porém, é importante ter em mente que a vida sempre nos dá mais do mesmo, isto é: quando você fala em contas, é isso que você atrai; da mesma forma, quando fala em ganhos, é isso que vai se multiplicar na sua vida.
2) Deixe de lado o conceito unipotencial e passe a usar o multipotencial. Não se apegue apenas a uma forma de fazer dinheiro a partir do seu conhecimento: abra sua mente para suas multipotencialidades, para seus inúmeros talentos. Por exemplo, se você é cozinheiro, não precisa ficar apenas trabalhando em um mesmo restaurante – pode criar cardápios, ensinar receitas, palestrar ou promover treinamentos nesta área. Utilize todo o seu potencial!
3) Não espere o melhor momento – faça algo para que ele surja. Não se acomode esperando que as coisas se resolvam sozinhas ou que a maré fique favorável. Tome as atitudes necessárias para ser o autor da sua prosperidade, para melhorar a sua situação. Você tem potencial para fazer o momento ficar bom, aproveite!
4) Não aprenda somente na prática. Não conte apenas com a tática da tentativa e erro. Você precisa estudar, se preparar, e depois partir para a prática. Busque a informação correta no lugar adequado e trabalhe com estratégia, conte com cursos, leituras, treinamentos, mentores.
5) Desenvolva a habilidade de vender diariamente. Associe o ato de vender a bons sentimentos. Ao longo dos anos, vimos tantos vendedores desonestos que muitos travam quando escutam a palavra vender. Mas não tenha medo de negociar! Estimule a habilidade de comercializar seus produtos, serviços, ideias e projetos.
6) Alimente suas raízes, sua missão, seu propósito de vida. Se você não alimentar o que é profundo, não receberá frutos. Toda vez que você associa a melhoria financeira a uma razão de existir, você muda a sua realidade. Portanto, tenha uma causa, uma razão para fazer dinheiro.
Use a inteligência para mudar 2021
2020 será o ano divisor de águas na história da Humanidade. A pandemia de Covid-19 fez com que todas as pessoas no mundo inteiro sentissem na pele o que é a tal VUCA ou VICA, em português — Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade. Nunca se viveu tanto esses quatro fatores como neste ano.
O que a grande maioria das pessoas devem pensar agora, com o início das campanhas de vacinação contra o novo coronavírus, é quais as perspectivas para o próximo ano? Quais serão as tendências? O que fazer para encarar e superar as adversidades que surgiram em 2020?
Jô Furlan, médico e neurocientista brasileiro, criador da teoria da Inteligência Comportamental, aponta a importância de objetivos específicos estabelecidos para que a mente possa trabalhar de forma adequada, buscando soluções e não criando maior atenção ou foco nos problemas. “A inteligência pode ser desenvolvida quanto mais você conseguir desenvolver sua inteligência comportamental, maior será a sua capacidade de transformar sonhos em resultados, objetivos em realização”, orienta.
A Inteligência Comportamental consiste em um tipo de inteligência que permita às pessoas fazerem as escolhas que as conduzam ao resultado que desejam, ou seja, ser inteligente significa realizar aquilo que deseja.
Segundo Furlan, desenvolver a Inteligência Comportamental significa traçar estratégias comportamentais de gestão de vida.
“As pessoas são diferentes a cada momento, apesar de repetirem um padrão de comportamento. Não existe técnica infalível, nem sem resultado. Tudo depende do momento, da pessoa e do profissional que a aplica. O processo de desenvolvimento comportamental e seus desdobramentos sempre foram a base fundamental para o ensinamento do paciente ou do treinando, indivíduo que está passando por um processo comportamental sob a orientação de um profissional capacitado”, descreve.
Para disseminar o conceito da Inteligência Comportamental e ajudar as pessoas a obterem melhores resultados em suas atividades gerais, Furlan lançou o canal Cérebro de Resultados (Instagram @cerebroderesultados) que traz conceitos, dicas e orientações para mostrar como o cérebro trabalha para direcionar as melhores decisões e obtenção dos melhores resultados.
Para o neurocientista, 2020 foi um ano de grandes desafios, com inúmeras perdas e a necessidade da criação de novas perspectivas exigindo de cada ser humano uma grande capacidade de adaptação, nunca antes vista nesta geração.
“Uma das grandes ferramentas para que 2021 seja um ano de grandes resultados é o desenvolvimento e aprimoramento da Inteligência comportamental. Ela realmente é uma ferramenta fundamental na transformação da perspectiva e da percepção em relação a tudo aconteceu e o que poderá acontecer a partir de agora”, disse.