Febeapá - Foto: Alan Santos/PR
Todo dirigente ou líder precisa ter ao seu lado alguém com a sagrada obrigação de, nos momentos de empolgação (ou delírio), levantar-se de um salto, acompanhando o movimento brusco com um sonoro: "Vai dar merda!".
O cargo de VDM é fundamental e deveria ser o primeiro definido por quem chega ao poder, como o segundo em ordem de importância na hierarquia, porque dele dependem as noites de sono tranquilo do dirigente.
Falta, no governo Bolsonaro, um "Vai dar merda, presidente!".
Existisse o cargo e seu ocupante, não teria o presidente Jair Bolsonaro se prestado ao papel de posar, ao lado da dignísima primeira-dama, em frente às roupas que envergaram no dia da posse, em Brasília, como se os dois fizessem parte da História (com "H" em maiúscula).
Não, presidente; não, primeira-dama. Estão longe disso, e com decisões como essa aproximam-se perigosamente da parte ridícula da História.
Em qualquer momento, mesmo se estivesse o País em céu de Brigadeiro (para usar um termo caro à caserna) é, no mínimo, estranho inaugurar dois caixotes de vidro (semelhantes a urnas funerárias), um deles com o terno que vestiu há menos de dois anos, o outro com o vestido da digníssima (tomara que não se empolguem e resolvam, também, expor as respectivas roupas de baixo).
Pior ainda quando para o ato "voyeurista" gastam-se recursos públicos. Os contribuintes não se submetem a uma escorchante carga tributária para ver o erário arcar com eventos dessa natureza.
Estava claro que isso iria "dar merda", virar piada, entrar para a lista do Febeapá - Festival de Besteira que Assola o País, criado pelo escritor Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta.
Foi patético, presidente!
Ah! Antes, que me esqueça! Reparou, presidente, no simbolismo da imagem? Os manequins foram degolados.