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Plataforma online que mapeia conflitos urbanos será lançada na segunda-feira (26)

Nesse primeiro momento, serão apresentados os mais de 120 conflitos mapeados na região do Centro Antigo

Foto: Divulgação
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A plataforma Pipoco vai mapear conflitos em quatro territórios de Salvador: Centro Antigo, Subúrbio Ferroviário, Avenida Paralela e BR-324

Uma plataforma online desenvolvida pelo grupo de pesquisa Lugar Comum da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (Ufba) em colaboração com o Coletivo Trama traz a proposta de mapear conflitos urbanos em Salvador de forma colaborativa.

O site do projeto Pipoco (http://pipocoufba.com/) estará no ar a partir da próxima segunda-feira (26) e vai compartilhar um conjunto de mapeamentos, informações e conhecimentos sobre conflitos que aconteceram entre 2013 e 2020 em territórios da capital baiana afetados por grandes intervenções urbanas.

A plataforma Pipoco vai mapear conflitos em quatro territórios de Salvador: Centro Antigo, Subúrbio Ferroviário, Avenida Paralela e BR-324. As pesquisas têm como base matérias publicadas em veículos de imprensa e diversas fontes de informações online.

Nesse primeiro momento, serão apresentados os mais de 120 conflitos mapeados na região do Centro Antigo. Em dezembro, serão apresentados os conflitos mapeados no Subúrbio Ferroviário e, em fevereiro, os conflitos nas regiões da Avenida Paralela e BR-324.

No projeto, os conflitos urbanos dizem respeito a situações de divergência na cidade, que podem se configurar em conflitos mais abertos entre dois ou mais agentes, mas também conflitos expressos na forma de mobilização, de protesto e de ação coletiva, como reação a uma situação de desigualdade.

A proposta do Pipoco é que os próprios moradores, membros de associações, coletivos e movimentos urbanos de regiões afetadas por essas intervenções possam registrar os conflitos na plataforma.

Para isso, o projeto contou com a colaboração do coletivo Trama, formado por profissionais e estudantes de Arquitetura, Urbanismo, Artes, Engenharia Civil e Comunicação, para o desenvolvimento de uma plataforma lúdica, de fácil navegação e com linguagem acessível a todos.

Com base nas pesquisas, os conflitos foram divididos em 20 categorias: qualidade de serviços; trabalho; patrimônio; justiça ambiental; destinação de imóveis; impactos da pandemia; ocupação; violência; risco; participação; disputa por posse ou propriedade; remoção; vizinhança; decadência econômica; transporte público e mobilidade; políticas públicas e gestão; mobilizações amplas; educação; impactos da Copa do Mundo; e espaço público.

Pipoco

A plataforma é resultado do Projeto "Observato?rio de Conflitos Urbanos em Territo?rios Populares", coordenado pelo Grupo de Pesquisa Lugar Comum, contemplado na Chamada Pu?blica simplificada pelo Ministe?rio Pu?blico do Estado da Bahia para selec?a?o de pequenos projetos no ano 2019, através do Programa de Compensação Ambiental Urbana “Cidade Popular” da Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo.

O projeto tem coordenação das professoras da Faculdade de Arquitetura da Ufba, Glória Cecília dos Santos Figueiredo, Ana Fernandes e Ângela Franco, contando com a participação de vários estudantes que colaboraram na pesquisa: a agora arquiteta e urbanista Ana Clara Oliveira de Araújo, a estudante de Direito, Ana Cláudia Fernandes, a estudante de Geografia, Aline Penha Nascimento, a urbanista e estudante de Mestrado do PPGAU/FAUFBA Camila Brandão, o estudante de Agronomia, Felipe Andrade, e a estudante de Arquitetura, Mariana Marques.

O coletivo Trama, responsável pelo design da plataforma, tem como integrantes que participam do projeto o arquiteto e urbanista Matheus Tanajura, a estudante de Arquitetura, Flora Tavares, e a estudante do BI de Artes, Luísa Caria.