Brasil / Comportamento

Programa de Trainee da Magazine Luiza é acusado de "racismo reverso"

A loja abriu seleção para programa de trainees só para candidatos negros

Foto: Magazine Luiza/Instagram
A decisão da empresa abriu um disputa nas redes sociais
A decisão da empresa abriu um disputa nas redes sociais

A loja Magazine Luiza abriu seleção para colocar apenas negros no próximo programa de trainees. A decisão da rede de varejo tem  causado repercussão no Twitter.

Internautas acusam a Magazine Luiza de "racismo reverso". A atitude da empresa abriu uma batalha nas redes sociais entre os que elogiam a medida e aqueles que acusam a Magalu de "discriminação contra brancos", usando a hashtag #MagazineLuizaRacista.

Trainee divide opiniões

Entre os críticos, estão o vice-líder do governo na Câmara, deputado Carlos Jordy. O deputado afirmou que está entrando com representação no Ministério Público contra a empresa para que seja apurado crime de racismo. 

A Magalu respondeu ao deputado pelas redes sociais dizendo que a empresa tava tranquila sobre a legalidade do programa. 

O deputado replicou afirmando que a situação prejudicava pessoas não negras: "ações afirmativas, tais como cotas, existem e são até previstas em lei para ingresso no ensino e serviço público, apesar de discordar frontalmente de cotas raciais. Porém, a ação da @magazineluiza não se trata de uma ação afirmativa mas de impedir a contratação de pessoas não negras".

Sérgio Camargo, o presidente da Fundação Cultural Palmares, concorda com a opinião dos internautas e diz que a loja comete racismo. "Magazine Luiza terá que instituir Tribunal Racial no seu RH para evitar que pardos e brancos consigam fraudar o processo seletivo que é exclusivo para pretos. Portanto, terá que fazer a análise do fenótipo dos candidatos, prática identificada com o nazismo."

A deputada federal Benedita da Silva (PT) compartilhou a informação da Agência Estadão em sua conta na rede social e frisou que a loja de varejo tem 53% de pretos e pardos em seu quadro de funcionários, no entanto, apenas 16% deles ocupavam cargos de liderança.