Comportamento / Saúde

Série IDEIAS#EMCASACOMSESC discute a vida na pandemia

Participam dos debates Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda e Avani Fulni-ô, líder indígena

Com o objetivo de incentivar a reflexão no contexto desafiador em que nos encontramos, a série Ideias, promovida pelo Sesc São Paulo por intermédio de seu Centro de Pesquisa e Formação (CPF), traz a transmissão ao vivo de debates sobre as principais questões que tensionam a agenda sociocultural e educativa atual. Sempre às 16h, as conferências acontecem pelo canal do YouTube do Sesc São Paulo, com participação do público e tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

O primeiro encontro da semana, na terça-feira (15/9), será "A corrida pela vacina e a geopolítica internacional", que discutirá como a pandemia de Covid-19 atualizou a disputa entre países por domínio tecnológico em busca de uma vacina. A mesa debaterá a relação entre a distribuição de poder na geopolítica internacional, as alianças e o papel da Organização Mundial da Saúde nesses conflitos.

O encontro contará com a presença de Rubens Ricupero, embaixador aposentado, ex-Ministro do Meio Ambiente e da Fazenda, Reinaldo Guimarães, médico e mestre em Medicina Social, e Deisy Ventura, professora titular da Faculdade de Saúde Pública da USP, com mediação e apresentação de Danilo Cymrot, pesquisador do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP.

A quarta-feira (16/9) traz o debate "Povos indígenas no Brasil: da aldeia ao contexto urbano", com a líder indígena Avani Fulni-ô e Gabriela Rosa Medeiros, bacharel em Gestão de Políticas Públicas pela Universidade de São Paulo, que levantarão as principais questões relacionadas aos indígenas hoje no Brasil: as línguas faladas por eles, as questões sociais, a presença do Estado nas aldeias e nos contextos urbanos e o impacto da pandemia entre os povos originários. O debate traz a mediação de Valéria Freixedas, mestre em Ecologia Aplicada e apresentação de Marina Herrero, assistente da Gerência de Estudos e Programas Sociais do Sesc SP.

A "Questão Social das Drogas" é o tema da mesa da quinta-feira (17/9), que debaterá os diversos aspectos relacionados ao sofrimento psíquico, à desigualdade social e ao racismo, temáticas associadas às drogas e às políticas públicas dirigidas ao seu uso e proibição. O debate contará com a presença de Maria Angélica Comis, psicóloga e mestre em psicobiologia pela UNIFESP, Marcio Farias, psicólogo e doutorando em Psicologia Social pela PUC-SP e Tamara Neder Collier, assistente social e coordenadora do Projeto de Redução de Danos do SAE Campos Elísios, com mediação e apresentação de Michael Anielewicz, sociólogo e animador cultural do Sesc Bom Retiro.

Na sexta-feira (18/9), o tema em debate será "A Política das Desigualdades: Estamos Todos no Mesmo Barco?", abordando biopolítica, políticas públicas de cuidado, valores e diretrizes do SUS. Estarão em pauta a falta de acesso à serviços de saúde e a necropolítica como pontos centrais de produção e perpetuação de desigualdades, além das possibilidades de ação de movimentos sociais da periferia na produção de redes de cuidado para os mais vulneráveis. Com Marco Akerman, médico e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, Luís Eduardo Batista, sociólogo e pesquisador científico da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, e apresentação e mediação de Rogério Ruano, gerente-adjunto da Gerência de Saúde e Odontologia do Sesc SP.

Fechando a programação da semana da série Ideias #EmCasaComSesc, no sábado (19/9), acontece o debate "Os Benefícios Físicos e Psicológicos de uma Vida Ativa em Tempos de Pandemia", que abordará a importância da prática de atividade física para o sistema imunológico em tempos de Covid-19?, assim como os benefícios físicos e psicológicos de uma vida ativa e sem sedentarismo. A mesa contará com a presença da Dra. Isabela Amblard, professora da Universidade de Pernambuco (UPE) e do Dr. Sandro Rodrigues, doutor em Educação Física pela Unicamp, com mediação de Marcel Capretz, radialista e jornalista da Fox Sports e apresentação de Fábio Henrique Miranda dos Anjos, assistente técnico da Gerência de Desenvolvimento Físico Esportivo do Sesc SP.

Programação : 
 

15/9, terça-feira - A corrida pela vacina e a geopolítica internacional

A pandemia de Covid 19 atualizou a disputa entre países por domínio tecnológico em busca de uma vacina, que não só traria prestígio nacional aos governantes, principalmente em contextos eleitorais, como traria também prestígio internacional aos países. A presente mesa debaterá a relação entre a corrida pela vacina e a distribuição de poder na geopolítica internacional, as diferentes estratégias dos países para venderem seus projetos de vacinas, as alianças que se formam entre governos para se ter prioridade no acesso à imunização, o papel da Organização Mundial da Saúde e os conflitos que se dão nessa arena.
 

Participantes:

Rubens Ricupero - embaixador aposentado. Foi Ministro do Meio Ambiente e da Amazônia, Ministro da Fazenda, Secretário Geral da UNCTAD e Subsecretário Geral da ONU em Genebra.

Reinaldo Guimarães - médico (UFRJ), mestre em Medicina Social e doutor honoris causa pelo Instituto de Saúde Coletiva da UFBA. Atualmente é professor do Núcleo de Bioética e Ética Aplicada da UFRJ e Vice-presidente da Abrasco. Foi vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Oswaldo Cruz e Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.

Deisy Ventura - professora titular da Faculdade de Saúde Pública da USP. Presidente da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI). Doutora em Direito pela Universidade de Paris 1. Coordenadora do Projeto Direitos na Pandemia, parceria do Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário da FSP/USP e da Conectas Direitos Humanos (http://www.conectas.org/publicacoes/download/boletim-direitos-na-pandemia-no-4).

Mediação e apresentação:

Danilo Cymrot - mestre e doutor em Criminologia pela USP. Pesquisador do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc.
 

16/9, quarta-feira - Povos indígenas no Brasil da aldeia ao contexto urbano

Existe índio no Brasil? Mas é índio ou indígena? Quantos são? Há outras línguas faladas além do português? Quantas são? E o que o Estado faz para os povos indígenas? E para aqueles que vivem na cidade? Como o Pandemia vem impactando os povos indígenas em contexto urbano?

Estes e outros questionamentos direcionarão a exposição de Avani Fulni-ô, liderança indígena Fulni-ô, Presidente do Conselho Estadual Indígena, integrante da Arpinsudeste e defensora dos povos indígenas residentes em contexto urbano e Gabriela Rosa, indigenista, gestora de políticas públicas e mestranda no programa de Mudança Social e Participação Política da USP investigando os conflitos em terras indígenas. Ambas compõem a Frente de Apoio aos Povos Indígenas do Brasil FAPIB, rede formada para apoio ao enfrentamento da COVID nas aldeias do Estado de São Paulo e Rio de Janeiro.

Participantes:

Avani Fulni-ô - liderança Indígena, membro e mestra do Fórum de Cultura Popular Tradicional. Coordenadora na cidade de São Paulo dos povos Indígenas urbanos da Arpinsudeste e membro do Conselho Estadual e Municipal dos povos indígenas de São Paulo.

Gabriela Rosa Medeiros - bacharel em Gestão de Políticas Públicas pela Universidade de São Paulo e Direção e Gestão Pública pela Universidad de Vigo. Mestranda em Mudança Social e Participação Política pela Universidade de São Paulo. Pesquisa os conflitos políticos em terras indígenas e compõe a Articulação Universidade e Povos Indígenas (AUPI) e a Frente de Apoio aos Povos Indígenas do Brasil (FAPIB), rede formada para apoio ao enfrentamento da COVID nas aldeias do Estado de São Paulo e Rio de Janeiro.

Mediação:

Valéria M Freixedas - mestre em Ecologia Aplicada, formação em Engenharia Florestal. Também compõe a Frente de Apoio aos Povos Indígenas do Brasil (FAPIB).

Apresentação:

Marina Herrero - assistente da Gerência de Estudos e Programas Sociais do Sesc.
 

17/9, quinta-feira - A Questão Social das Drogas

Em meio a diversos aspectos relacionados ao sofrimento psíquico, à desigualdade social e ao racismo, é fundamental a discussão crítica sobre temáticas associadas às drogas e às políticas públicas dirigidas ao seu uso e proibição. Além disso, conhecer práticas de assistência social, saúde, e a atuação de instituições e coletivos voltados à redução de danos, são formas de refletir sobre caminhos para promover olhares sensíveis e o respeito aos direitos humanos.

Participantes:

Maria Angélica Comis - redutora de danos, psicóloga, mestre em psicobiologia pela UNIFESP; especialista em medicina comportamental e terapia cognitiva comportamental; professora universitária; coordenadora geral e de advocacy do Centro de Convivência É de Lei e ex-assessora de políticas públicas sobre álcool e drogas do município de São Paulo.

Marcio Farias - psicólogo, mestre e doutorando em Psicologia Social pela PUC. Professor convidado do Celacc ECA/USP. Organizou o livro "Violência e Sociedade: racismo como estruturante da sociedade e da subjetividade do povo brasileiro".

Tamara Neder Collier - assistente social, coordenadora do Projeto de Redução de Danos do SAE Campos Elísios e mestra em Drogas e Direitos Humanos pela PUC.

Mediação e apresentação:

Michael Anielewicz - sociólogo e animador cultural do Sesc Bom Retiro.
 

18/9, sexta-feira - A política das desigualdades: estamos todos no mesmo barco?

Discussão sobre biopolítica, políticas públicas de cuidado, valores e diretrizes do SUS - um sistema de saúde mundialmente reconhecido como exemplo de assistência universal e controle de morbidades (HIV, Campanha de vacinação). A falta de acesso a serviços de saúde e a necropolítica como pontos centrais de produção e perpetuação de desigualdades. Possibilidades de ação de movimentos sociais da periferia na produção de redes de cuidado em saúde para os mais vulneráveis.

Participantes:

Marco Akerman - médico e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP. Integrante do Grupo Temático de Promoção de Saúde e Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável da Abrasco - Associação Brasileira de Saúde Coletiva.

Luís Eduardo Batista - sociólogo, doutor em Sociologia, pesquisador científico da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; integrante do Grupo Temático 'Racismo e Saúde' da Abrasco - Associação Brasileira de Saúde Coletiva.

Apresentação e mediação:

Rogério Ruano - gerente adjunto da Gerência de Saúde e Odontologia do Sesc SP.
 

19/9, sábado - Os benefícios físicos e psicológicos de uma vida ativa em tempos de pandemia ?

A atividade física reduz as chances de infecção viral por COVID-19 e indivíduos ativos tem uma melhora no quadro clínico mais rápida.?Em sua ausência, agrava os sintomas dos infectados e o risco de morte, pois muitas dessas comorbidades comprovadas pela ciência estão relacionadas a um estilo de vida sedentário.? ?Sabendo que temos que nos movimentar, e que o vírus está por aí, como e por quê devemos, de maneira segura, nos exercitar? Quais são os benefícios físicos e psicológicos de nos mantermos ativos hoje e sempre?

Participantes:

Dra. Isabela Amblard? - professora da Universidade de Pernambuco (UPE) e dos cursos de Pós-Graduação em Treinamento Esportivo, da UPE; Avaliação Psicológica, da Faculdade Frassinetti do Recife (FAFIRE); Psicologia do Esporte, da Universidade Estácio de Sá, em São Paulo/SP; Doutora em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco; Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco (2012); e Graduada em Psicologia pela Universidade Católica de Santos (2006).


Dr. Sandro Rodrigues - mestre/doutor (UNICAMP); graduado em Ed. Física e Fisioterapia; Esp: Corrida-Triathlon-Treinamento; Campeão Paralimpico 2012 com Prepardor Físico no Futebol de Cegos.

Mediação:

Marcel Capretz - radialista e jornalista formado pela Universidade Mackenzie e pós-graduado pela Fundação Cásper Líbero. Atualmente, é repórter dos canais Fox Sports, comentarista da Rádio 105 FM de São Paulo e Blogueiro do canal LANCE!

Apresentação:

Fábio Henrique Miranda dos Anjos - assistente técnico da Gerência de Desenvolvimento Físico-Esportivo do Sesc-SP.