Comportamento / Saúde

Uso generalizado de máscaras pode evitar segunda onda de coronavírus

É o que mostra estudo britânico

Foto: Alex Ribeiro/Ag.Pará
Mesmo máscaras caseiras podem reduzir dramaticamente as taxas de transmissão

O uso generalizado de máscaras poderia manter a transmissão da covid-19 em níveis controláveis de epidemias nacionais, além de prevenir ondas futuras da doença, se combinadas com lockdowns. É o que mostra estudo britânico publicado nesta quarta-feira (10). 

Lderada por cientistas nas Universidade de Cambridge e de Greenwich, a pesquisa sugere que os fechamntos totais apenas não irão impedir o ressurgimento do novo coronavírus, mas que até mesmo as máscaras caseiras podem reduzir dramaticamente as taxas de transmissão se um número suficiente de pessoas as utilizarem em público. 

"Nossas análises apoiam a adoção imediata e universal de máscaras faciais por toda a população", disse Richard Stutt, um dos coordenadores do estudo em Cambridge. 

Ele diz que as conclusões mostram que se o uso generalizado de máscara for combinado com o distanciamento social e algumas medidas de lockdown, isso poderia ser uma maneira aceitável de administrar a pandemia e a reabertura das atividades econômicas muito antes da disponibilização de uma vacina contra a covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Procedimentos da Sociedade Real A. 

A Organização Mundial da Saúde atualizou sua orientação na última sexta-feira (5), recomendando que os governos peçam que todos utilizem máscaras de tecido em áreas públicas onde existam riscos, a fim de reduzir a propagação da doença. 

A próxima pandemia

Líderes de seis países europeus enviaram uma carta para a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pedindo para que a União Europeia tome medidas para se preparar para uma nova pandemia. Os políticos também mandaram uma sugestão de plano de resposta comum.

Segundo o documento, ficou claro que os países do bloco não estavam preparados para lidar com o avanço do coronavírus (Sars-CoV-2) e isso mostrou ainda mais a necessidade do grupo ter "uma resposta comum" para casos tão graves.

"Esperamos que este plano sirva de inspiração para que os próximos encontros europeus sejam frutíferos sobre como assegurar uma preparação por parte da UE às futuras pandemias", diz parte da carta. Os europeus se reúnem virtualmente em 19 de junho.

O texto ressaltou que a "caótica resposta" à pandemia da Covid-19, a qual já causou 184.256 mortes no bloco, "apresentou perguntas" sobre a preparação europeia. Para os seis países, é preciso "compreender as falhas" na atuação desta crise sanitária e implantar uma coordenação de políticas sanitárias única.

Os líderes lembraram que cada país optou por tomar medidas drásticas, como o fechamento de fronteiras, de maneira unilateral e que a ausência de medicamentos em algumas nações chegou a "causar atrito" entre os governos europeus. Além disso, pedem que seja criado um sistema uniforme na coleta de dados de todos os países-membros, o que viabilizaria uma política europeia comum para enfrentamento de situações do tipo.

Assinaram o documento a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente da França, Emmanuel Macron, o premier espanhol, Pedro Sánchez, além dos líderes da Bélgica, Dinamarca e Polônia.