O forrozeiro Givaldo José que foi uma das atrações do São Pedro de Retirolândia, no último sábado, disse que para chegar nessa festa tão bonita, que é os festejos juninos, só Deus sabe o que ele já passou.
Defensor da cultura do forró há mais de 20 anos, o cantor coiteense, mostra sua insatisfação por conta da não valorização do forrozeiro nas festas que lhe pertence, a exemplo dos festejos a Santo Antônio, São João e São Pedro, que são realizados por municípios da região sisaleira. “A cada dia nossa classe vem perdendo espaço para outros ritmos musicais. Digo isso, porque tenho uma oficina especializada em concertar acordeom e ouço colegas se queixarem de não estarem tocando nas festas juninas patrocinadas pelas prefeituras”.
O artista faz um apelo aos gestores das cidades que tem secretaria de Cultura e que tem renda especifica para as festas juninas, que olhem melhor para os forrozeiros da região e relata: “No dia que não tiver mais sanfoneiro no São João, como vai ficar a festa e como explicar as novas gerações que não existem mais a cultura dos festejos juninos que começa com a festa de Santo Antônio, seguida do São João e São Pedro. Nós forrozeiros nem reclamamos mais por conta dos outros estilos musicais que estão invadindo nosso espaço. O forrozeiro espera 11 meses para tocar um, enquanto os outros estilos tocam constantemente”, relata.
Givaldo José lembra que grandes forrozeiros que defenderam a cultura nordestina, como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, já partiram, mas deixaram uma geração muito forte que representa muito bem a classe que são: Adelmário Coelho, Flávio José, Alcymar Monteiro, Dorgival Dantas, entre outros. “Esses forrozeiros fazem parte da segunda geração. Tenho certeza que essa gente também, esta preocupada com a terceira geração, essa que faço parte e o que será da próxima. Um dia vamos cansar e vamos parar e ai? quem vai da continuidade. Espero que possamos ter nosso São João de volta com os forrozeiros natos tocando nas festas que nos pertence”, comenta o sanfoneiro coiteense.
O cantor sanfoneiro disse ainda, que se sente muito triste quando chega a um município e vê a grade de atrações fechada sem a presença de nenhum forrozeiro. “Os festejos juninos foram cridos pelos forrozeiros e não pode ser arrebatado por ninguém. Não podemos deixar que acabem com essa tradição de mais de 100 anos, que é o São João. O cachê pago a uma banda de fora para tocar 80 minutos, pode levar todos os forrozeiro existentes na região por um preço bem abaixo. Tenho fé que as pessoas ainda vão se conscientizar. Se o forrozeiro acabar, a cultura junina vai ficar sem referência”, enfatiza Givaldo José.
Concluindo, Givaldo José disse que as festas juninas, além de alegrar o povo, representam um importante momento econômico para as cidades nordestinas. Hotéis e comércios aumentam os lucros e geram empregos. Ele diz ainda, que em muitos municípios da região sisaleira, as tradições fazem parte das comemorações e que o mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Ele relata ainda que é muito comum as pessoas passarem pelas casas, onde os moradores fazem grande quantidade de comidas e bebidas típicas para serem degustadas pelos festeiros.
Aniversariante festeja no dia de São Pedro
O dia 29 de junho, dia em que o porteiro do céu, São Pedro, é reverenciado pelos devotos, é também, o dia que Pedro Bispo de Araújo, festejou 86 anos de vida ao lado de nove dos 11 filhos – Neguinho do Point, Margarida, Ivonete, Ana Célia, Fabiana Modas, Juciana da loja de calçados Maria Izabel, Tatiane, Julio e Maria Neuza.
Também, fizeram parte da data aniversaria do agricultor aposentado, netos (19), bisnetos (7), genros, noras, sobrinhos e amigos. Entre os genros presente; Gildoberto, Fidelis, Esmeraldo, Pelé e Getúlio. O Arraiá de Pedro da Bia foi montado no salão de eventos da fabrica de calçados Maria Isabel, contou ainda, com a presença deste colunista, Pedro Oliveira, o empresário João Alberto, entre outros convidados.