Comportamento

Quebra de rotina é importante para aprendizado, mas exige equilíbrio

As férias estão chegando e é importante ficar atento aos filhos para que o recesso torne-se um período de diversão, crescimento e aprendizado

Foto: Divulgação/Ilustração

O período de férias escolares chega nas próximas semanas. Bom para as crianças que esperam, ansiosamente, pelo mês de recesso. Mas, e para a família, como transformar esse período em dias de diversão, crescimento e aprendizado?

Brincadeiras em grupo, leituras, idas ao cinema ou teatro e até mesmo programas de TV e o vídeo game, todos, em medida balanceada, podem garantir boas horas de diversão e, principalmente, um alívio na rotina tão fundamental para o desenvolvimento intelectual quanto as aulas.

Conforme destaca a psicóloga Rochelle Rolim, do Hapvida Saúde, a pausa no ritmo agitado de aulas e atividades extracurriculares é necessária para evitar problemas que hoje são cada vez mais comuns: estresse e ansiedade.

“É constatado clinicamente que quem exerce atividades repetitivas (como uma rotina escolar, de trabalho etc.) necessita de uma pausa mais prolongada com alguma frequência. Quando isso não acontece, a mente adoece. O corpo adoece”, ressalta Rochelle.

Programar atividades para as férias não é um problema. Organizar com os filhos brincadeiras em grupo, por exemplo, pode ajudá-los a desenvolver habilidades sociais e estimulá-los física e mentalmente.

As viagens trazem novas experiências e oportunidade de conhecer lugares diferentes. Às vezes, não é preciso nem sair da cidade. Uma volta por um bairro diferente ou um passeio fora do roteiro diário já enriquecem o repertório das crianças.

A psicóloga Rochelle Rolim destaca, entretanto, que é fundamental que os pais não exagerem, criando rotinas rígidas para as férias.

“Muitas vezes os pais acham que têm que encher a programação, levar a criança em todos os passeios, teatros, praias, viagens, quando, na verdade, ela só quer ficar em casa, jogando video game ou brincando com os amigos da rua. A verdade é que o equilíbrio é a palavra-chave”, afirma.