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Morre a cantora Preta Gil

A cantora estava em tratamento nos Estados Unidos

Foto: Ilustração Sora IA
A cantora era filha do cantor Gilberto Gil e da empresária Sandra Gadelha
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Preta Gil, 50, cantora e empresária, morreu em 20/7 em Nova York, onde fazia tratamento experimental contra câncer colorretal detectado em 2023. Artistas e fãs prestam homenagens. Legado destaca sucesso musical, ativismo por diversidade e alerta para rastreamento oncológico.

A cantora, empresária e apresentadora Preta Maria Gadelha Gil Moreira, 50 anos, morreu na noite deste domingo (20 de julho), em Nova York, Estados Unidos, onde se submetia a um protocolo experimental para tratar um câncer colorretal diagnosticado em janeiro de 2023. A informação foi confirmada pela equipe da artista e ratificada pela família.

Segundo pessoas próximas, Preta viajou em maio para os EUA depois de esgotar as opções terapêuticas disponíveis no Brasil. Ela permaneceu três meses entre consultas no Memorial Sloan Kettering, em Manhattan, e sessões de imunoterapia no Virginia Cancer Institute, período durante o qual dividiu nas redes sociais imagens do tratamento e mensagens de otimismo. O quadro, porém, se agravou na última semana, levando à morte por complicações sistêmicas associadas às metástases.

Em comunicado publicado nas redes, o pai, Gilberto Gil, afirmou estar em Nova York “cuidando dos procedimentos para a repatriação” e pediu “a compreensão dos tantos amigos, fãs e profissionais de imprensa” neste momento de luto. A madrasta, Flora Gil, descreveu a luta da enteada como “desafiadora e íntima” e agradeceu as manifestações de carinho. Detalhes sobre velório e sepultamento serão divulgados quando a família retornar ao Brasil.

Filha do cantor Gilberto Gil com a empresária Sandra Gadelha, Preta estreou em 2003 com o álbum Prêt-à-Porter e lançou outros seis discos, emplacando sucessos como “Sinais de Fogo” e “Stereo”. Na televisão, apresentou programas musicais, foi jurada de realities e, em 2017, cofundou a agência Mynd, voltada ao marketing de influência e à inclusão de artistas negros e LGBTQIA+.

A notícia mobilizou o meio artístico: Xuxa Meneghel, Luciano Huck e a cozinheira Bela Gil publicaram homenagens destacando a defesa que Preta fazia da autoestima corporal e da diversidade. Fãs organizaram vigílias na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, e no Largo do Pelourinho, em Salvador, onde o governo baiano declarou luto oficial de três dias.

Com a morte de Preta, que deixa o filho Francisco Gil, 30, e a neta Sol de Maria, 9, especialistas voltam a alertar para a importância do rastreamento do câncer de intestino, segunda causa de óbito oncológico no país. Sua trajetória, marcada pela quebra de tabus e pela campanha permanente por exames preventivos, ganha novo peso como legado de saúde pública e de representatividade cultural.