Economia

Brasil cai 2 posições e agora é 52º entre os países mais inovadores

Maiores investidores em pesquisa e desenvolvimento no país são indústrias

Foto: Pixabay | Creative Commons
O Brasil perdeu a liderança entre as 21 economias da América Latina e Caribe
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O Brasil caiu para a 52ª posição no Índice Global de Inovação 2024, sendo superado pelo Chile na América Latina. Destaca-se em outputs, mas enfrenta desafios em educação, infraestrutura e P\&D. Avanços incluem 5G e patentes. Suíça, Suécia e EUA lideram o ranking global; China entrou no top 10.

Depois de quatro anos de melhora no desempenho, o Brasil caiu, pelo segundo ano consecutivo, no Índice Global de Inovação (IGI), ficando na 52ª posição entre 139 economias.

O ranking da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), divulgado anualmente em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), analisa 80 indicadores, entre insumos de inovação (inputs) e resultados de inovação (outputs). 

O país perdeu a liderança entre as 21 economias da América Latina e Caribe, sendo ultrapassado pelo Chile, e é o 5º entre os 36 países de renda média-alta, atrás de China, Malásia, Turquia e Tailândia. A melhor colocação do Brasil no IGI foi em 2011, quando ficou em 47º. 

O país tem desempenho melhor nos indicadores de outputs (50º) que nos inputs (63º), o que significa grande capacidade de utilizar o ecossistema de inovação e converter os investimentos em resultados. Para o diretor de Desenvolvimento Industrial, Tecnologia e Inovação da CNI, há necessidade de explorar melhor as potencialidades. 

“Precisamos melhorar indicadores de educação, especialmente nas áreas de ciência e engenharia, e de mais investimento em infraestrutura e pesquisa e desenvolvimento, que, há alguns anos, são gargalos para o setor produtivo. Por outro lado, temos uma produção científica e negócios sofisticados, além de avanços na área de tecnologia da informação”, observa Jefferson Gomes.  

Segundo o Índice Global de Inovação, os indicadores em que o Brasil se destaca são: 

-- Mercado consumidor (que nos coloca no 7º lugar no mundo)
-- Alto volume de marcas registradas (9º)
-- Negócios de capital de risco em estágio avançado (16º)
-- Importações de serviços de tecnologia da informação e comunicação (17º)
-- Pagamentos de propriedade intelectual (17º). 

Dados complementares do índice, reunidos no Innovation Tracker, mostram a evolução de indicadores no curto prazo. Segundo o IGI, o país avançou significativamente em: veículos elétricos (132,6% entre 2023-24), 5G (86,9% entre 2022-23), registro internacional de patentes (23,9% entre 2023-24) e robôs (10% entre 2022-23). 

os pontos fracos do país são:  

-- Estabilidade regulatória para negócios (128º)
-- Formação bruta de capital (118º)
-- Taxa tarifária aplicada (106º)
-- Graduados em ciências e engenharias (100º)
-- Cultura empreendedora (78º) 

Líderes em inovação 

Os 10 países mais inovadores continuam praticamente os mesmos do ano passado, com Suíça, Suécia e Estados Unidos na liderança, algumas alternâncias nas posições seguintes e a China entrando no top 10 pela primeira vez. 

-- 1º Suíça 
-- 2º Suécia 
-- 3º Estados Unidos 
-- 4º República da Coreia 
-- 5º Singapura 
-- 6º Reino Unido 
-- 7º Finlândia 
-- 8º Holanda 
-- 9º Dinamarca 
-- 10º China