
Moradores e membros da Câmara Municipal de Nordestina, situado na região sisaleira a 350 km de Salvador, se reuniram na véspera de Natal (24), em frente à Casa Legislativa para cobrar uma posição do presidente da entidade, o vereador Edinho Góes da Silva (MDB).
O foco da cobrança foi a não apresentação dos projetos da Lei Orçamentária Anual (LOA) e do Plano Plurianual (PPA), para análise e votação dos colegas, uma vez que esses documentos são fundamentais para o funcionamento da gestão municipal em 2026.
Populares aguardam que o líder do Legislativo tome decisões sensatas e encaminhe os projetos para votação antes do fim do prazo, que encerra na próxima quarta-feira, 31 de dezembro, a fim de evitar um colapso em setores essenciais do governo local.
O vereador Lino (PSD) ressaltou ter questionado o presidente da Câmara sobre sua decisão de encerrar o ano legislativo sem a devida apreciação e votação da LOA e do PPA.
Segundo ele, essa atitude poderá trazer sérias consequências para a comunidade da gestão municipal a partir de 1º de janeiro de 2026, impactando áreas como saúde, educação, assistência social, transporte e infraestrutura.
Além disso, Lino mencionou que, apesar de Edinho ter admitido que os projetos estavam pendentes, ele não forneceu explicações que justificassem a falta de discussão desses temas antes do recesso parlamentar.
Inaceitável
O vereador Vadinho afirmou que é inaceitável que o presidente da Câmara não paute a votação até o dia 31, pois, além de configurar crime, isso impede que a prefeitura honre suas obrigações financeiras com empregados e fornecedores, paralisando a administração da cidade e causando danos irreparáveis à comunidade.
Uma das manifestantes, que preferiu não se identificar, comentou que “o município corre o risco de interromper suas atividades administrativas por causa da falta de responsabilidade de alguns vereadores”.
Os dois projetos mencionados são essenciais para o adequado funcionamento administrativo da cidade. Enquanto a LOA (Lei Orçamentária Anual) especifica quanto o município pode gerar e gastar ao longo de 2026, em termo de investimentos, obras e contratações de serviços.
Por outro lado, o PPA (Plano Plurianual) estabelece como e onde esses recursos serão utilizados.
Essa situação causou revolta entre legisladores e integrantes da sociedade civil, que se dirigiram à Câmara em ato de protesto.
Estiveram presentes os vereadores Lino (PSD), Marcos do Angico (PL), Titi (PSD), Marcos Araújo (PSD) e Vadinho (PSD), todos pertencentes a base política da prefeita Eliete de Ito.
