Sinônimo de resistência e sustentabilidade, a palma forrageira está presente em cerca de 85% do território baiano sendo considerado um alimento rico em nutrientes e água, que serve de base para a alimentação animal e humana, especialmente em período de seca.
Em função da sua importância socioeconômica, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) alerta produtores para o aumento na ocorrência da Cochonilha do Carmim (Dactylopius opuntiae), praga que já infestou 33 municípios da Bahia, entre as regiões Nordeste e Sudoeste do estado.
Especialistas chamam a atenção para o risco dessa praga chegar a outras regiões do estado. “O inseto se espalha pelo vento, por meio de animais ou pessoas que entram em contato com plantas contaminadas. Ele forma colônias brancas entre as raquetes e se alimenta da seiva da planta, injetando substâncias tóxicas que provocam amarelamento, necrose e, se não controlado, a morte da palma”, explica o engenheiro agrônomo da Adab e especialista na cultura da palma, Albany Lopes, lembrando que, desde 2017, a Bahia convive com essa praga.
Para conter a proliferação, o órgão recomenda o uso de variedades resistentes — como Doce, Mão de Moça e Orelha de Elefante — e a restrição de visitas ou circulação em áreas com suspeita ou presença confirmada da cochonilha.
Além disso, a Adab tem reforçado a campanha de combate à Cochonilha do Carmim por meio de palestras voltadas a produtores e visitas técnicas às propriedades com cultivo de palma forrageira em diferentes regiões da Bahia.
A orientação é que, em caso de suspeita, o produtor deve notificar a Adab ou a Secretaria Municipal de Agricultura e seguir as orientações técnicas para o controle eficiente.