
O Bayern de Munique conquistou uma vitória histórica neste domingo (15 de junho), ao vencer o Auckland City por 10 a 0, no TQL Stadium, em Cincinnati (EUA), em partida válida pelo Grupo C da Copa do Mundo de Clubes da FIFA de 2025.
O confronto colocou em evidência a disparidade entre um gigante europeu e o único clube amador da competição.
A partida teve início com ritmo intenso por parte dos bávaros. Logo aos quatro minutos, Coman marcou de cabeça após cobrança de escanteio de Joshua Kimmich, inaugurando o marcador.
Pouco depois, o lateral-direito Sacha Boey ampliou o placar aos 18 minutos, seguido por Michael Olise, que balançou as redes dois minutos depois.
Ainda antes dos 25 minutos de jogo, Coman fez seu segundo gol, demonstrando o abismo técnico entre as equipes. Antes do intervalo, Thomas Müller (45’) e novamente Olise (45+3’) deixaram o placar em 6 a 0 para o Bayern, praticamente selando o destino do confronto já na primeira etapa.
A supremacia bávara se traduziu também em números: o time teve 72% de posse de bola, finalizou 26 vezes e acertou o alvo em 15 oportunidades. Por outro lado, o Auckland City sequer conseguiu finalizar com perigo à meta de Manuel Neuer.
O esquema tático 4-2-3-1 montado por Vincent Kompany promoveu uma pressão alta sobre o adversário, com aproveitamento dos corredores laterais – principalmente pela esquerda, onde Olise criou boas jogadas – enquanto a compactação defensiva eliminava qualquer chance de resposta por parte dos neozelandeses.
No segundo tempo, mesmo com o jogo já resolvido, o Bayern manteve a intensidade. Jamal Musiala, que entrou aos 61 minutos, foi o destaque da etapa complementar. O jovem meia-atacante alemão marcou três gols em apenas nove minutos – aos 73, 77 e 82 minutos – ampliando a goleada.
Para fechar a contagem, Müller voltou a balançar as redes aos 87 minutos, registrando o décimo gol e encerrando uma das maiores vitórias da história da competição.
Este resultado entrou para a história da Copa do Mundo de Clubes da FIFA como a maior goleada em tempo regulamentar. Até então, a marca anterior era de 6 a 1.
A vitória escancarou a disparidade entre o poderio financeiro e técnico dos clubes europeus e os representantes da Oceania. O elenco do Bayern é avaliado em aproximadamente 770 milhões de libras, enquanto o do Auckland gira em torno de 1,2 milhão.
Além disso, a maioria dos jogadores do clube neozelandês possui empregos paralelos: há professores, cabeleireiros e corretores que, mesmo amadores, enfrentaram um dos gigantes do futebol mundial.
Na análise técnica, o Bayern impressionou pela fluidez ofensiva, pelas variações táticas e pela qualidade de execução. A pressão inicial resultou em escanteios e gols precoces, desmontando rapidamente qualquer plano defensivo do Auckland.
Os laterais foram determinantes na criação de jogadas, com Boey e Davies avançando constantemente.
O trio de meio-campo, liderado por Kimmich, controlou o ritmo da partida com autoridade.
As substituições trouxeram ainda mais impacto, especialmente com Musiala, que explorou os espaços deixados pela exausta defesa adversária.
O Auckland City, por sua vez, pouco pôde fazer. Com um elenco formado por atletas sem dedicação exclusiva ao futebol, o clube mostrou bravura ao se manter competitivo até onde foi possível. Porém, a diferença de nível técnico e físico foi evidente desde o apito inicial. O time não conseguiu manter a posse de bola e sofreu com as infiltrações constantes nas laterais e pelo centro.
Historicamente, o Auckland é o maior vencedor da Liga dos Campeões da Oceania (OFC), com 13 títulos, e representa com frequência a região na Copa do Mundo de Clubes. Entretanto, a edição de 2025 apresenta um novo formato com 32 equipes, o que intensifica a competição e aumenta os desafios para times de fora dos grandes centros do futebol mundial. Já o Bayern de Munique, bicampeão da Bundesliga na temporada 2024/25, chega ao torneio como um dos principais favoritos ao título.
Com 99 gols marcados na última edição da liga alemã, a equipe de Kompany busca coroar a temporada com um título mundial inédito no novo formato.
A repercussão mundial foi imediata. Veículos europeus como The Independent e espanhóis como Marca destacaram a expressividade do placar.
A mídia da Nova Zelândia, como o NZ Herald, ressaltou a experiência única dos jogadores do Auckland City, que mesmo diante da derrota histórica, mantiveram a dignidade e a postura esportiva. Coman, autor dos dois primeiros gols, comemorou ao final da partida e afirmou que o time entrou com seriedade desde o início para evitar qualquer surpresa.
O Bayern agora se prepara para enfrentar o Benfica no próximo dia 19 de junho, em confronto decisivo para garantir a liderança do Grupo C. Na sequência, encara o Boca Juniors em 24 de junho. Já o Auckland tentará se reerguer diante dos sul-americanos na sua próxima partida, embora o cenário seja extremamente desafiador.
A vitória incontestável do Bayern de Munique foi marcada por eficiência, talento e preparação. O resultado, embora previsível, superou todas as expectativas e entra para os livros como um dos maiores placares já registrados em competições oficiais organizadas pela FIFA. A diferença entre os clubes refletiu não apenas o abismo entre futebol profissional e amador, mas também a evolução do jogo moderno em sua forma mais competitiva.