
Flamengo e Vasco empataram por 0 a 0 no Maracanã, em jogo na noite deste sábado (19 de abril), pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar do placar zerado, o Rubro-Negro teve maior posse de bola e criou mais oportunidades, enquanto o Cruzmaltino se destacou na defesa.
O Flamengo controlou a partida com 64% de posse de bola e 17 finalizações, sendo 7 no alvo. O goleiro Léo Jardim foi fundamental para o Vasco, realizando defesas importantes, como aos 90+6 minutos, quando Pedro finalizou no centro do gol após assistência de Erick Pulgar.
O Vasco teve apenas 6 finalizações, com 1 no gol, e apostou em contra-ataques, mas não conseguiu ameaçar o goleiro Agustín Rossi. A defesa cruzmaltina, liderada por Lucas Freitas e João Victor, foi eficiente em neutralizar as investidas flamenguistas.
O técnico Filipe Luís promoveu alterações no Flamengo, com as entradas de Pedro, Gonzalo Plata e Allan, buscando mais ofensividade. No Vasco, o técnico Fábio Carille também fez mudanças, como as entradas de Alex Teixeira e Paulinho Paula, visando fortalecer o meio-campo.
Destaque para o goleiro Léo Jardim, que garantiu o empate para o Vasco com defesas decisivas. Pelo Flamengo, Erick Pulgar se destacou na distribuição de jogo e na criação de oportunidades.
Com o empate, o Flamengo chegou a 11 pontos e manteve a liderança do Campeonato Brasileiro. O Vasco, com 7 pontos, ocupa a oitava posição.
Na próxima rodada, o Flamengo enfrentará o Internacional fora de casa, enquanto o Vasco receberá o Atlético-MG em São Januário.
----- As estratégias de Flamengo e Vasco -----
Desde os primeiros minutos, o Flamengo demonstrou sua proposta de jogo: manter a posse, explorar os corredores laterais e buscar infiltrações pelo centro com trocas rápidas de passes. Com Erick Pulgar como primeiro volante, o time de Filipe Luís organizava a saída de bola de forma limpa, acionando Gerson e Arrascaeta na entrelinha.
Na fase ofensiva, o Rubro-Negro usou um sistema assimétrico, com Bruno Henrique aberto pela esquerda e Luiz Araújo mais por dentro, próximo de Pedro, que entrou na segunda etapa. A amplitude proporcionada por Ayrton Lucas foi fundamental para empurrar o Vasco para trás e gerar cruzamentos. No entanto, apesar da superioridade (64% de posse de bola e 17 finalizações), o time encontrou dificuldades para furar o bloqueio adversário.
Marcação por zona e transições rápidas
O Vasco entrou em campo com uma proposta mais cautelosa. O técnico Fábio Carille montou um time compacto, com duas linhas de quatro bem definidas, dificultando a infiltração flamenguista. No ataque, a aposta era nas transições rápidas com Vegetti e Adson, embora a equipe tenha finalizado apenas seis vezes, com apenas uma tentativa no alvo.
Na prática, a estratégia do Vasco foi abdicar da posse (35,9%) para priorizar o controle dos espaços. Lucas Piton e Paulo Henrique recuaram constantemente para formar uma linha de cinco em momentos de pressão, enquanto o meio-campo tentava congestionar a zona central para impedir que Arrascaeta recebesse com liberdade.
Defesas decidem
Apesar da disparidade nas estatísticas ofensivas, o placar zerado também se explica pelas boas atuações dos goleiros. Léo Jardim, do Vasco, foi o grande nome do jogo, com pelo menos três defesas importantes, a mais decisiva delas nos acréscimos, quando defendeu chute à queima-roupa de Pedro após cruzamento de Pulgar.
Do outro lado, Agustín Rossi teve pouco trabalho, mas mostrou segurança nas bolas aéreas e interceptações.
Na segunda etapa, o Flamengo aumentou a pressão ao lançar Pedro, Allan e Gonzalo Plata, tentando acelerar o ritmo e mudar a dinâmica do ataque. Filipe Luís sinalizou uma tentativa de centralizar ainda mais as jogadas e usar Pedro como referência.
Já Carille respondeu com entradas de Paulinho Paula e Alex Teixeira, buscando reter mais a bola e aliviar a pressão. O plano teve relativo sucesso na defesa, mas ofensivamente o Vasco seguiu inofensivo, terminando o jogo com apenas dois escanteios e poucas chegadas perigosas.