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Flamengo empata com o Vasco e pode cair para terceiro na Série A

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Foto: Adriano Fontes | CRF
Gerson perdeu gols e foi substituído
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Flamengo e Vasco empataram sem gols no Maracanã pela quinta rodada do Brasileiro. O Flamengo dominou a posse e finalizações, mas parou no goleiro Léo Jardim. O Vasco teve defesa sólida e pouco atacou. Com o resultado, Flamengo lidera com 11 pontos; Vasco é oitavo, com 7.

Flamengo e Vasco empataram por 0 a 0 no Maracanã, em jogo na noite deste sábado (19 de abril), pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar do placar zerado, o Rubro-Negro teve maior posse de bola e criou mais oportunidades, enquanto o Cruzmaltino se destacou na defesa.

O Flamengo controlou a partida com 64% de posse de bola e 17 finalizações, sendo 7 no alvo. O goleiro Léo Jardim foi fundamental para o Vasco, realizando defesas importantes, como aos 90+6 minutos, quando Pedro finalizou no centro do gol após assistência de Erick Pulgar.

O Vasco teve apenas 6 finalizações, com 1 no gol, e apostou em contra-ataques, mas não conseguiu ameaçar o goleiro Agustín Rossi. A defesa cruzmaltina, liderada por Lucas Freitas e João Victor, foi eficiente em neutralizar as investidas flamenguistas.

O técnico Filipe Luís promoveu alterações no Flamengo, com as entradas de Pedro, Gonzalo Plata e Allan, buscando mais ofensividade. No Vasco, o técnico Fábio Carille também fez mudanças, como as entradas de Alex Teixeira e Paulinho Paula, visando fortalecer o meio-campo.

Destaque para o goleiro Léo Jardim, que garantiu o empate para o Vasco com defesas decisivas. Pelo Flamengo, Erick Pulgar se destacou na distribuição de jogo e na criação de oportunidades.

Com o empate, o Flamengo chegou a 11 pontos e manteve a liderança do Campeonato Brasileiro. O Vasco, com 7 pontos, ocupa a oitava posição.

Na próxima rodada, o Flamengo enfrentará o Internacional fora de casa, enquanto o Vasco receberá o Atlético-MG em São Januário.

----- As estratégias de Flamengo e Vasco -----

Desde os primeiros minutos, o Flamengo demonstrou sua proposta de jogo: manter a posse, explorar os corredores laterais e buscar infiltrações pelo centro com trocas rápidas de passes. Com Erick Pulgar como primeiro volante, o time de Filipe Luís organizava a saída de bola de forma limpa, acionando Gerson e Arrascaeta na entrelinha.

Na fase ofensiva, o Rubro-Negro usou um sistema assimétrico, com Bruno Henrique aberto pela esquerda e Luiz Araújo mais por dentro, próximo de Pedro, que entrou na segunda etapa. A amplitude proporcionada por Ayrton Lucas foi fundamental para empurrar o Vasco para trás e gerar cruzamentos. No entanto, apesar da superioridade (64% de posse de bola e 17 finalizações), o time encontrou dificuldades para furar o bloqueio adversário.

Marcação por zona e transições rápidas

O Vasco entrou em campo com uma proposta mais cautelosa. O técnico Fábio Carille montou um time compacto, com duas linhas de quatro bem definidas, dificultando a infiltração flamenguista. No ataque, a aposta era nas transições rápidas com Vegetti e Adson, embora a equipe tenha finalizado apenas seis vezes, com apenas uma tentativa no alvo.

Na prática, a estratégia do Vasco foi abdicar da posse (35,9%) para priorizar o controle dos espaços. Lucas Piton e Paulo Henrique recuaram constantemente para formar uma linha de cinco em momentos de pressão, enquanto o meio-campo tentava congestionar a zona central para impedir que Arrascaeta recebesse com liberdade.

Defesas decidem 

Apesar da disparidade nas estatísticas ofensivas, o placar zerado também se explica pelas boas atuações dos goleiros. Léo Jardim, do Vasco, foi o grande nome do jogo, com pelo menos três defesas importantes, a mais decisiva delas nos acréscimos, quando defendeu chute à queima-roupa de Pedro após cruzamento de Pulgar.

Do outro lado, Agustín Rossi teve pouco trabalho, mas mostrou segurança nas bolas aéreas e interceptações.

Na segunda etapa, o Flamengo aumentou a pressão ao lançar Pedro, Allan e Gonzalo Plata, tentando acelerar o ritmo e mudar a dinâmica do ataque. Filipe Luís sinalizou uma tentativa de centralizar ainda mais as jogadas e usar Pedro como referência.

Já Carille respondeu com entradas de Paulinho Paula e Alex Teixeira, buscando reter mais a bola e aliviar a pressão. O plano teve relativo sucesso na defesa, mas ofensivamente o Vasco seguiu inofensivo, terminando o jogo com apenas dois escanteios e poucas chegadas perigosas.