Nordeste

Nordeste tem mais de 700 mil tentativas de fraude em 3 meses

Foi, em média, uma tentativa a cada 2,3 minutos

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O Brasil registrou 3,4 milhões de tentativas de fraude no 1º trimestre de 2025, alta de 22,9%. O Nordeste teve 704 mil casos (20,3% do total), com destaque para Bahia, Ceará e Pernambuco. Fraudes visaram majoritariamente “Bancos e Cartões” e afetaram mais consumidores de 36 a 50 anos.

O Nordeste do Brasil registrou 704.285 tentativas de fraude no primeiro trimestre de 2025, o que representa um aumento de 24,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Foi, em média, uma tentativa a cada 2,3 minutos, com 4.070 registros para cada milhão de habitantes.

A região ocupou a segunda posição em participação nacional, com 20,3% do total de ocorrências no período, ficando atrás apenas do Sudeste (47,2%).

Os dados são do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian.

Entre as Unidades Federativas (UFs), a Bahia liderou com 184.083 tentativas, o equivalente a 5,3% do total nacional, seguida por Ceará (129.436) e Pernambuco (120.077), os únicos da região a ultrapassarem a marca de 100 mil ocorrências no período.

Sergipe apresentou o menor volume, com 27.926 registros. E o Maranhão se destacou pela maior variação anual da região, com crescimento de 25,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Apesar disso, o estado registrou a menor densidade populacional em fraudes, enquanto o Rio Grande do Norte foi o mais impactado proporcionalmente, com 4.912 tentativas por milhão de habitantes.

O Brasil registrou 3.468.255 tentativas de fraude nos três primeiros meses de 2025 — um salto de 22,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume equivale a uma tentativa a cada 2,2 segundos, com mais de 1 milhão de ocorrências mensais registradas consecutivamente no trimestre.

A maior parte das tentativas de fraude registradas no primeiro trimestre de 2025 foi direcionada ao setor de “Bancos e Cartões” (54%). Na sequência, apareceram os segmentos de “Serviços” (31,9%), “Financeiras” (6,7%), “Telefonia” (5,7%) e “Varejo” (1,7%), mantendo a consistência dos registros em todos os três meses. 

Na análise por modalidade, as inconsistências nas informações cadastrais são a principal frente de detecção das tentativas de fraude, representando 50,6% das ocorrências evitadas no primeiro trimestre. Em seguida, padrões fraudulentos relacionados à autenticidade de documentos e validação biométrica responderam por 41,9% dos casos.

O monitoramento de comportamentos suspeitos em dispositivos — como a associação com históricos anteriores de fraudes — foi responsável por 7,5% das diligências barradas no período.

Por idade

Na divisão por faixa etária, os consumidores entre 36 e 50 anos seguiram como os mais visados, concentrando 32,9% das tentativas de fraude registradas em março. Em seguida apareceram os grupos de 26 a 35 anos (26,5%) e até 25 anos (15,3%).

Os consumidores entre 51 e 60 anos responderam por 13,4% das ocorrências, enquanto os acima de 60 anos representaram 11,9% do total.

Na comparação com março de 2024 — mês que havia registrado o maior volume de fraudes no ano passado — apenas duas das faixas etárias mapeadas apresentaram aumento nas ocorrências no mesmo mês de 2025: alta de 3,7% entre consumidores de 51 a 60 anos e de 7,9% entre os acima de 60. Todas as demais registraram queda na variação anual, reforçando a tendência de concentração dos golpes nas camadas mais velhas da população.

Fraudes disparam em todos os estados

Todas as Unidades Federativas (UFs) do Brasil registraram aumento expressivo nas tentativas de fraude no primeiro trimestre de 2025, com variações acumuladas superiores a 20% em relação ao mesmo período do ano anterior.

As maiores altas ocorreram no Pará e no Amazonas, ambos registrando 27,0%, seguidos por Roraima (26,0%).

Mesmo os estados com menores crescimentos no comparativo — Santa Catarina (20,2%), Distrito Federal (20,6%) e Paraná (21,2%) — apresentaram índices preocupantes.

Em volume absoluto, o Sudeste se manteve como a região mais visada pelos golpistas, com 1.637.274 tentativas de fraude registradas no trimestre — o equivalente a 47,2% de todas as diligências do país. A região teve uma variação média de 22,6% na comparação com os três primeiros meses de 2024.

Entre os estados, São Paulo liderou isoladamente, com quase 1 milhão de tentativas de golpe evitadas no período. Em seguida, ficou o Rio de Janeiro (325.518) e Minas Gerais (302.197). Na outra ponta do ranking, os menores volumes foram registrados no Acre (11.009), Amapá (10.015) e Roraima (7.255).

Quando se observa a taxa de tentativas de fraude proporcional à população, o Distrito Federal aparece no topo do ranking nacional, com 8.079 ocorrências por milhão de habitantes no primeiro trimestre de 2025. A taxa é mais que o dobro da registrada no Maranhão, que ocupa a última posição com 3.285 ocorrências por milhão de habitantes.

Logo após o DF, destacam-se São Paulo (6.856), Mato Grosso (6.444) e Rio de Janeiro (6.300), reforçando a maior pressão fraudulenta em regiões com forte atividade econômica.