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Trump isenta eletrônicos de tarifas e as ações da Apple voltam a subir

Apple reage, China retalia, e o yuan é desvalorizado. Entenda os impactos globais.

Foto: Pixabay | Creative Commons
Smartphones, computadores, tablets e laptops estão isentos de tarifas

O governo do ex-presidente Donald Trump anunciou a isenção de uma série de produtos eletrônicos das tarifas recíprocas sobre importações.

A medida, publicada pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP), exclui da taxação itens considerados essenciais no cotidiano e estratégicos para a indústria de tecnologia.

O que está isento das tarifas

Entre os produtos que não serão mais tarifados, destacam-se:

-- Smartphones, computadores, tablets e laptops
-- Placas-mãe, processadores, chips de memória
-- Monitores LCD e OLED
-- Roteadores, modems, switches de rede
-- SSDs, pen drives, cartões SD
-- Células solares, LEDs, microchips e semicondutores

Esses itens estavam sujeitos a tarifas de até 145%, especialmente nas importações provenientes da China — maior produtora global desses componentes.

Apple se recupera com o anúncio

A isenção tarifária impactou diretamente o desempenho da Apple no mercado financeiro.

As ações da empresa caíram quase 23% entre os dias 2 e 8 de abril, passando de US$ 223,89 para US$ 172,42 — uma perda de cerca de US$ 640 bilhões em valor de mercado.

Com o alívio nas tarifas, os papéis voltaram a subir e estavam cotados em US$ 198,15 no momento da publicação.

Entenda a guerra comercial
Como tudo começou


A China reagiu com suas próprias sanções e, mais recentemente, elevou para 125% as tarifas sobre produtos dos EUA, ampliando o confronto comercial.

Em paralelo ao endurecimento contra a China, Trump suspendeu temporariamente as tarifas para outras nações, com o objetivo de renegociar acordos comerciais mais favoráveis aos EUA.

China desvaloriza o yuan para mitigar impacto

Em resposta à pressão comercial, o Banco Popular da China ajustou a taxa de câmbio do yuan para 7,2038 por dólar em 8 de abril — a primeira vez desde 2023 que o valor ultrapassa o patamar de 7,20. Em 11 de abril, a cotação chegou a 7,291.

A desvalorização do yuan visa amenizar os efeitos das tarifas norte-americanas e manter a competitividade dos produtos chineses no exterior.