O governo do ex-presidente Donald Trump anunciou a isenção de uma série de produtos eletrônicos das tarifas recíprocas sobre importações.
A medida, publicada pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP), exclui da taxação itens considerados essenciais no cotidiano e estratégicos para a indústria de tecnologia.
O que está isento das tarifas
Entre os produtos que não serão mais tarifados, destacam-se:
-- Smartphones, computadores, tablets e laptops
-- Placas-mãe, processadores, chips de memória
-- Monitores LCD e OLED
-- Roteadores, modems, switches de rede
-- SSDs, pen drives, cartões SD
-- Células solares, LEDs, microchips e semicondutores
Esses itens estavam sujeitos a tarifas de até 145%, especialmente nas importações provenientes da China — maior produtora global desses componentes.
Apple se recupera com o anúncio
A isenção tarifária impactou diretamente o desempenho da Apple no mercado financeiro.
As ações da empresa caíram quase 23% entre os dias 2 e 8 de abril, passando de US$ 223,89 para US$ 172,42 — uma perda de cerca de US$ 640 bilhões em valor de mercado.
Com o alívio nas tarifas, os papéis voltaram a subir e estavam cotados em US$ 198,15 no momento da publicação.
A China reagiu com suas próprias sanções e, mais recentemente, elevou para 125% as tarifas sobre produtos dos EUA, ampliando o confronto comercial.
Em paralelo ao endurecimento contra a China, Trump suspendeu temporariamente as tarifas para outras nações, com o objetivo de renegociar acordos comerciais mais favoráveis aos EUA.
China desvaloriza o yuan para mitigar impacto
Em resposta à pressão comercial, o Banco Popular da China ajustou a taxa de câmbio do yuan para 7,2038 por dólar em 8 de abril — a primeira vez desde 2023 que o valor ultrapassa o patamar de 7,20. Em 11 de abril, a cotação chegou a 7,291.
A desvalorização do yuan visa amenizar os efeitos das tarifas norte-americanas e manter a competitividade dos produtos chineses no exterior.