Cinema

Saiba quem fez história (além de 'Ainda estou aqui') no Oscar 2025

O Brasil conquistou o seu primeiro Oscar, prêmio máximo do cinema

Foto: Divulgação
Cena de "Ainda estou aqui"
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Depois da quinta tentativa o Brasil finalmente levou o Oscar de Melhor Filme Internacional, com ' Ainda estou aqui', filme dirigido pelo cineasta Walter Salles e que narra as experiências de Eunice Paiva e sua família após a prisão e desaparecimento de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, durante a ditadura militar no Brasil.

A atriz Fernanda Torres, estrela do filme, foi indicada ao prêmio de Melhor Atriz, vencido por Mikey Madison por seu trabalho em 'Anora', uma surpresa (Demi Moore, protagonista de 'A substância' e que concorria na mesma categoria, foi a grande injustiçada da noite.

'Ainda estou aqui' venceu os concorrentes da Dinamarca ('A Garota da Agulha'), da Alemanha ('A Semente do Fruto Sagrado'), da Letônia ('Flow') e da França ('Emilia Pérez').

Antes, o Brasil havia chegado à disputa do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com 'O pagador de promessas', em 1963; 'O quatrilho', em 1996;  'O que é isso, companheiro?', em 1998; e 'Central do Brasil', em 1999.

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'Flow', filme que gira em torno de felinos, venceu o Oscar de Melhor Filme de Animação, tornando-se a primeira produção da Letônia a ganhar um prêmio da Academia. É também a primeira obra ndependente a conquistar o prêmio de Melhor Filme de Animação no Oscar. O filme ainda recebeu uma indicação a Melhor Filme Internacional, prêmio que foi para o representante brasileiro.

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Paul Tazewell, que já havia sido indicado por seu trabalho no filme West Side Story de Steven Spielberg, levou o Oscar de Design de Figurino. "Sou o primeiro homem negro a receber o prêmio de design de figurino", disse ele durante seu discurso. Tazewell tem uma carreira destacada na Broadway, com figurinos para produções como 'The Color Purple' e 'In the Heights'.

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O escritor, diretor e editor Sean Baker, de 'Anora', fez história ao ser o primeiro a ganhar quatro estatuetas no mesmo ano e para o mesmo filme.

Ele venceu nas categorias de Melhor Roteiro Original, Melhor Editor, Melhor Diretor e, finalmente, Melhor Filme, como um dos produtores da obra.

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Adrien Brody recebeu o Oscar de Melhor Ator por sua atuação em 'O Brutalista' e, com isso, se tornou a primeira pessoa a conquistar dois Oscars de Melhor Ator em suas duas primeiras indicações. Em 2003, ele já havia vencido por seu papel em 'O Pianista'.

Brody interpretou um sobrevivente do Holocausto nos dois filmes.

Zoe Saldaña, como esperado, ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em 'Emilia Pérez'.

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Em seu discurso, ela compartilhou a experiência de sua família como imigrantes. "Minha avó veio para este país em 1961", disse ela. "Sou a orgulhosa filha de pais imigrantes com sonhos e dignidade e mãos trabalhadoras, e sou a primeira americana de origem dominicana a receber um Oscar. E sei que não serei a última."

Saldaña também entrou para um seleto grupo de vencedores que receberam o prêmio por um papel interpretado em outra língua e por um filme indicado ao prêmio de Melhor Filme Internacional.