Estou gostosona, lindona, toda queimadinha de sol, que sou mesmo a sereia linda de Itapuã.
Estou mais deslumbrante ainda, depois de passar tantos dias maravilhosos lá em Guarajuba, na beira de uma piscina sob um sol escaldante e gostoso.
Ah, fio, a vida tem dessas surpresas encantadoras, o que nos torna, a cada um de nós, uma pessoa especial. Cabe a nós termos capacidade de apreciar cada momento da vida com que Deus Pai nos presenteia. E são belíssimos presentes.
Depois de meses com a agonia da recessão por causa da famigerada Covid – quando tivemos que ficar presos em casa sem poder nem botar o nariz na rua com medo do contágio – fomos, eu, Ana e Paulo, meus irmãos com os filhotes Pindoba e Dara, passar uns dias no sítio do meu primo Totinho Pinto, lá em Guarajuba.
Sabe o que é amanhecer em frente a uma piscina, com árvores frutíferas e frondosas em volta, um solzinho sedutor e a agenda cheia de ‘nada a fazer, só tem que curtir a natureza’? Tem coisa melhor, não, fio, tenha certeza.
Voltei para Salvador, quando chega Iracema Dias, minha irmã da vida, e me chama para passar uns dias com ela. Onde, meu linhinho, advinha? No sítio em Guarajuba.
Ela mal acabou de falar e eu já tinha pulado dentro do carro, e estava com o nariz colado na janela, pronta para viajar. Passamos muitos dias maravilhosos, curtindo uma piscina juntinho da casa, com uma bela área verde em volta. A gente só saia para almoçar e dar voltas nas redondezas, apreciando as belezas das praias e da vegetação encantadora com uma variedade incrível de verdes, coisas muito lindas que deixam a nossa mente feliz e o espírito em paz.
Agradeço a Deus todos os dias pelo maravilhoso presente que é a ‘Vida’
Quando voltei para a minha hidroginástica aqui, no Clube Cassas, Poliana e ‘as meninas’ se espantaram com a minha cor morena. Estou uma negona bonita e gostosa. Estou ‘queimadona’ mesmo, meu lindinho. Você não resistiria se chegasse aqui, pertinho de mim. E ainda bem que você não chega, pois sua mulher iria lhe ‘cortar no reio’ pelas olhadelas que você iria dar para o meu corpitcho, he-he.
Agora, vamos deixar de lero-lero e cuidar do que é bom. Nas ‘vira e volta’ que Iracema deu pelas redondezas, vimos muita coisa linda, mar e rio encantadores, belas árvores, pessoas interessantes e comidas deliciosas. Conheci vários restaurantes com cardápios sedutores, comidas gostosas, dentre eles, o Mocotó de uma barraca para ficar comendo lá todo dia.
Mocotó de Tereza de Monte Gordo
Ingredietes:
-- 5 pés de mocotó e uns 10 pedaços de bucho
-- 2 quilos de carne de boi (capote)
-- 2 quilos de carne de sertão seca, sem gordura (ponta de agulha)
-- 5 calabresas, cada uma cortada em 3 pedaços
-- Cebola, alho, pimentão, hortelã grosso e hortelã miúda
-- Um pouco de cominho e um pouco de corante
Modo de preparar:
1 - Pela manhã, misturar a metade de todos os temperos e rechear o mocotó, o bucho e a carne. Tampar a panela e deixar pegar o gosto por umas horas;
2 - Mais tarde, colocar a panela do mocotó no fogo com o restante dos temperos e deixar ferver por uma hora;
3 - Acrescentar a carne seca e a calabresa e deixar cozinhando, até a pontinha do mocotó ‘ficar molinha’.
Faça com cuidado e com fé que dá tudo certinho, diz Tereza. E, na mesa, eu comprovei que tudo dá certinho mesmo.
Bom apetite e beijinho carinhoso, minha lindinha e meu lindinho. Xerim no cangote.