Brasil / Tecnologia

92,5% dos domicílios no País e 88% das pessoas têm acesso à internet

Nas áreas urbanas, o percentual é de 94,1%

Foto: Vojtech Okenka | Pexels/Creative Commons
A proporção de domicílios com microcomputador recuou de 40,2% para 39%

A Internet era utilizada em 92,5% dos domicílios (72,5 milhões) do país em 2023, com alta de 1,0 p.p. frente a 2022. O crescimento dessa proporção vem desacelerando, na medida em que se aproxima da universalização.

Nas áreas urbanas, o percentual passou de 93,5% para 94,1% e nas áreas rurais, de 78,1% para 81,0%. A expansão tem sido mais rápida nas áreas rurais, com redução da diferença em relação às áreas urbanas, saindo de 40 p.p. de diferença em 2016 para 13,1 p.p. em 2023.

Os dados são do Módulo de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) da PNAD Contínua, divulgado hoje, 16, pelo IBGE. 

Até 2019, ambos os tipos de conexão por banda larga (fixa e móvel) mostraram gradual sentido de crescimento nos domicílios, ao passo que, em 2021, a banda larga móvel se reduziu, voltando a subir em 2022 e 2023. A banda larga fixa continuou aumentando de 2016 a 2023, chegando a uma taxa de adoção superior à da banda larga móvel a partir de 2021.

Nos domicílios do país em que havia utilização da Internet, o percentual dos que usavam banda larga móvel passou de 81,2% para 83,3% entre 2022 e 2023. Ao passo que o percentual dos domicílios que utilizavam a banda larga fixa aumentou de 86,4% para 86,9% nesse mesmo período.

O menor percentual de domicílios com banda larga móvel estava no Nordeste (68,2%), enquanto as demais Regiões apresentaram taxas superiores a 80%, sendo na Região Sudeste ainda maior que 90%.

Em 2023, 5,9 milhões de domicílios do país não utilizavam a Internet. Os três principais motivos foram: nenhum morador sabia usar a Internet (33,2%), serviço de acesso à Internet caro (30,0%) e falta de necessidade em acessar a Internet (23,4%).

Outros motivos apontados foram: serviço de acesso à Internet não estava disponível (4,7%), equipamento para acessar a Internet era caro (3,7%), falta de tempo (1,4%), preocupação com segurança (0,6%).

Dispositivos inteligentes 

Em 2023, entre os 72,5 milhões de domicílios com Internet, 16,0% (ou 11,6 milhões) tinham algum tipo de dispositivo inteligente que poderia ser acessado pela Internet - câmeras, caixas de som, lâmpadas, ar-condicionado, geladeiras etc. -, um aumento de 1,7 milhão de domicílios (ou 1,7 p.p) em comparação a 2022.

Em 2023, dos 78,3 milhões de domicílios particulares permanentes do país, havia televisão em 73,9 milhões, 94,3% do total de domicílios, proporção que ficou em 95,1% na área urbana e 88,5% na rural. As Regiões Sudeste e Sul apresentaram as maiores proporções de domicílios com televisão (96,5% e 96,0%, respectivamente), a Região Norte, a menor (88,8%).

Foram estimados 65,0 milhões de domicílios com recepção de sinal analógico ou digital de televisão aberta por meio de antena convencional, o equivalente a 88,0% dos domicílios com televisão do país. O dado representa uma queda de meio milhão de domicílios com recepção em relação a 2022, que teve 65,5 milhões de domicílios e 91,6%, respectivamente.

Na área urbana (88,9%), o percentual foi maior do que na área rural (80,9%). A Região Sudeste apresentou o maior percentual, com 88,9% dos domicílios, e a Região Centro-Oeste registrou o menor percentual, 86,8%.

“Apesar da redução na recepção do sinal de TV aberta, não percebemos um aumento no uso dos serviços complementares ou concorrentes, como streaming e TV por assinatura, cujas taxas também se reduziram”, destaca Leonardo Quesada, analista da pesquisa.

772 mil domicílios utilizavam exclusivamente parabólicas analógicas para acessar canais de TV, cerca de 1,0% do total

No Brasil, havia um número maior de domicílios com recepção de sinal por parabólica grande (9,1 milhões) em comparação aos que possuíam mini parabólica com sinal aberto (7,5 milhões), o que representava 12,3% e 10,2% dos domicílios com televisão, respectivamente. Mas a diferença entre os dois tipos de antena caiu de 5,5 milhões em 2022 para e 1,6 milhão em 2023.

Aproximadamente 772 mil domicílios (911 mil em 2022), ou 1,0% dos domicílios com televisão, possuíam acesso a sinal de televisão somente por meio de parabólica grande.

“Esse é o grupo de interesse que precisa migrar a estrutura de recepção de TV para a mini parabólica, uma vez que o seu acesso ao sinal de TV aberta ficará comprometido pelo desligamento da transmissão por meio de antenas parabólicas grandes. Apesar da queda de 139 mil domicílios ou 15,3%, a maior parte veio dos domicílios urbanos, (117 mil ou 20,9%) em comparação aos domicílios rurais (22 mil ou 6,3%), segmento que mais depende de parabólica grande. E vale lembrar que a troca é custosa, sendo gratuita apenas para os integrantes do Cadastro Único”, explica Quesada.

Uso de TV por assinatura 

Em 2023, 18,6 milhões ou 25,2% dos domicílios com televisão no país tinham acesso a serviço de televisão por assinatura, proporção que foi de 26,2% em área urbana e de 17,4% em área rural. Entre 2022 e 2023, o percentual de domicílios com televisão por assinatura apresentou redução de 2,5 p.p. no Brasil, bem como queda de 2,6 p.p. nas áreas urbanas e de 2,4 p.p. nas rurais. “Desde 2016, os percentuais dos domicílios rurais foram crescentes, atingindo o maior patamar em 2022 (19,8%), mas em 2023 apresentou a primeira queda para 17,4%”, ressalta o analista da pesquisa.

A pesquisa também mostra o número de domicílios com televisão que não tinham recepção de sinal analógico ou digital de TV aberta, recepção de sinal por antena parabólica grande ou mini-parabólica com sinal aberto e nem acesso a serviço de TV por assinatura passou de 2,7 milhões (3,9%) de domicílios em 2022 para 3,8 milhões em 2023 (5,2%).

Entre os domicílios com televisão, 31,1 milhões possuíam acesso a serviço pago de streaming de vídeo, número semelhante a 2022. Entretanto, m termos percentuais, houve queda de 43,4% para 42,1%.

Dentre os domicílios que tinham acesso a serviço pago de streaming de vídeo, 93,9% também possuíam acesso a canais de televisão: 89,7% por meio de sinal de televisão aberta e 39,5% por meio de serviço de TV por assinatura. Somente 6,1% dos que tinham acesso a streaming pago de vídeo não possuíam acesso a televisão aberta ou a serviço de TV por assinatura, percentual esse de 4,7% em 2022.

Domicílios com microcomputador e tablet

De 2022 a 2023, a proporção de domicílios com microcomputador recuou de 40,2% para 39,0%. Em 2016, esse percentual era de 45,9%. A proporção de domicílios com tablet, voltou a recuar, de 10,7% para 10,4%. Desde 2021, esse indicador apresentou percentuais próximos, com pequenas variações para cima e para baixo, podendo indicar alguma estabilidade no patamar de 10%. Em área urbana, esse indicador passou de 11,8% para 11,4% e, em área rural, de 3,1% para 2,8%

Em 2023, não havia telefone em 2,8% dos domicílios particulares permanentes (2,2 milhões) do país, mesmo percentual de 2022. A ausência de telefone manteve-se mais elevada nos domicílios nas Regiões Nordeste (5,2%) e Norte (3,8%), enquanto nas demais não ultrapassou 2,0%.

A proporção de domicílios com telefone fixo no país foi de 9,5%, percentual em declínio desde 2016 (32,6%). A parcela dos domicílios que tinham telefone móvel celular, por outro lado, apresentou aumento desde 2016 (93,1%), embora em 2022 (96,6%) e 2023 (96,7%) tenha ficado praticamente estável. Os domicílios da área rural tinham percentual menor, se comparados àqueles da área urbana, tanto de telefone móvel celular (91,2% frente a 97,5%) quanto de telefone fixo convencional (2,8% contra 10,5%).

Serviço de rede móvel celular 

Desde 2016, ano após ano, observou-se um aumento no número de domicílios onde foi informado que o serviço de rede móvel celular ali funcionava, para Internet ou para telefonia. Entretanto, pela primeira vez na série, o percentual de domicílios nessa condição apresentou uma pequena variação negativa de 0,1 p.p., podendo indicar uma estabilidade nesse indicador. O percentual domicílios do país com serviço de rede móvel celular funcionando para Internet ou telefonia foi de 91,9%, no total; 95,3%, em área urbana; e 67,4%, em área rural.

A área rural apresentou redução tanto no quantitativo de domicílios (menos 202 mil domicílios) quanto na taxa (queda de 2,0 p.p.). Em áreas urbanas, em sentido oposto, obteve-se acréscimo de 2,9 milhões de domicílios e variação positiva de 0,1 p.p. na taxa. Esse movimento acabou ampliando a diferença entre as taxas nos domicílios urbanos em comparação aos rurais: em 2016 essa diferença foi de 26,0 p.p. e, em 2023, passou a ser de 27,9 p.p., tornando-se, assim, a maior da série.

Em 2023, na população estimada de 186,9 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade do país, 88,0% (ou 164,5 milhões) utilizaram a Internet no período de referência (últimos três meses anteriores à entrevista), ante 87,2% em 2022. Em 2016, eram 66,1%.

“Na área urbana o percentual é de 89,6%; na área rural, 76,6%. Apesar da diferença, o crescimento do uso da Internet entre moradores da área rural tem sido mais intenso. Na primeira edição da pesquisa, em 2016, era de 33,9%, passou para 72,7%, em 2022 e atingiu 76,6% em 2023, reduzindo a diferença em relação aos da área urbana”, destaca Gustavo Geaquinto Fontes, analista da pesquisa.

Em relação ao sexo, 88,7% das mulheres utilizaram a Internet em 2023, um pouco acima do percentual apresentado pelos homens (87,3%). As pessoas com ensino superior incompleto (98,3%) e com superior completo (97,6%) apresentaram os maiores percentuais de uso, enquanto o grupo de pessoas sem instrução teve o menor (44,4%).

“Por cor ou raça, indicador novo nesse tema da pesquisa, 89,5% das pessoas declaradas brancas usavam a Internet, ante 87,6% das pretas e 86,8% e das pardas. Observando o início da série histórica em 2016, havia diferença mais marcantes: 72,6% das pessoas brancas usavam a internet contra 63,9% das pretas e 60,3% das pardas”, diz o analista da pesquisa.

A região com maior percentual de usuários da internet segue sendo o Centro-Oeste (91,4%), ao passo que as regiões Norte (85,3%) e Nordeste (84,2%) permaneceram com resultados inferiores aos das demais. Entretanto, a Região Norte foi a que apresentou a maior expansão desse indicador em relação ao ano anterior, com aumento de 2,9 p.p.; ante 0,8 p.p do país. E de 2019 a 2023, as Regiões Norte e Nordeste cresceram de 15,3 p.p. e 14,2 p.p., respectivamente.

As crianças e os idosos são os grupos etários com menor percentual de pessoas que utilizaram a Internet em 2023. O grupo de 10 a 13 anos registrou 84,2%. Esse percentual cresce sucessivamente até alcançar o pico de mais de 96,3% de usuários no grupo de 25 a 29 anos. Em seguida, a proporção de usuários declina-se gradualmente até atingir 88,0% no grupo de 50 a 59 anos e depois cai para 66,0% entre os idosos (60 anos ou mais).

Ainda que o uso da Internet venha crescendo em quase todos os grupos, a expansão foi mais acelerada entre os idosos. Em 2016, a proporção de idosos que usavam a internet era de 24,7% e entre 2019 e 2023, o aumento no grupo etário de 60 anos ou mais foi de 21,2 p.p, e no de 50 a 59 anos, de 13,6 p.p. Em relação a 2022, esses grupos também apresentaram as maiores expansões no percentual de usuários da Internet (3,9 p.p. e 1,7 p.p., respectivamente).

“Essa rápida expansão de usuários da Internet entre a população idosa pode estar relacionada, entre outros motivos, ao fato de que a Internet tem feito cada vez mais parte do cotidiano da sociedade, com a expansão de seu uso para diferentes finalidades, então essas pessoas podem estar sentindo maior necessidade de se adequar aos novos padrões. Já os mais jovens apresentaram um pequeno recuo, especialmente os de 10 a 13 anos de idade, com variação negativa de 0,7 p.p. em relação a 2022”, analisa Geaquinto.

Estudantes

Em 2023, 91,9% dos estudantes afirmaram utilizar a Internet, ao passo que entre não estudantes esse percentual foi de 87,1%, com ligeira variação negativa (0,3 p.p.) no percentual dos estudantes e avanço de 1,2 p.p. entre os não estudantes em relação a 2022. Enquanto 97,6% dos estudantes da rede privada utilizaram a Internet em 2023, entre os estudantes da rede pública de ensino o percentual foi de 89,1%. “Há diferenças em relação aos cursos frequentados, indicador novo nesta edição. No ensino fundamental, a diferença entre os alunos da rede privada (93,9%) e pública (84,5%) é de 9,4 p.p. No ensino médio, a diferença cai para 3,3 p.p. Já entre os alunos do ensino superior ou pós-graduação, praticamente não há diferença, e o acesso é quase universal”, destaca o analista.

O meio de acesso à Internet indicado pela grande maioria das pessoas foi o telefone móvel celular (98,8%), seguido pela televisão (49,8%), pelo microcomputador (34,2%) e pelo tablet (7,6%). Entre 2022 e 2023, houve aumento de pessoas que utilizaram a TV para acessar a Internet (2,3 p.p.) e redução do uso do microcomputador (-1,3 p.p.).

“O acesso à Internet por meio do microcomputador declinou de 63,2%, em 2016, para 46,2%, em 2019, até atingir o menor valor da série em 2023, 34,2%. Observa-se, no entanto, um arrefecimento no ritmo de queda de usuários de microcomputador. Já o uso de tablet manteve-se estável em relação ao ano anterior. O percentual de pessoas que acessaram a Internet por meio de aparelho televisor, por outro lado, progrediu continuamente nesse mesmo período: de 11,3%, em 2016, para 32,2%, em 2019, até alcançar em 2023 praticamente a metade dos usuários (49,8%)”, salienta o analista da pesquisa.

Entre os estudantes, há maior percentual de pessoas que utilizavam televisão (55,9%), microcomputador (44,4%) e tablet (11,1%) para acessar a Internet em 2023, se comparados aos não estudantes (com percentuais de 48,2%, 31,5% e 6,7%, respectivamente). Mesmo entre os estudantes, o uso de microcomputador para acessar a Internet vem caindo ao longo dos anos. O telefone móvel celular era utilizado por quase a totalidade das pessoas, tanto estudantes quanto não estudantes (97,9% e 99,1%, nessa ordem), com percentual ligeiramente maior entre os não estudantes.

“Enquanto 72,1% dos estudantes da rede privada acessavam a Internet pelo computador, esse percentual foi de apenas 29,9% entre os estudantes da rede pública. No entanto, para os estudantes do ensino superior e da pós-graduação não se observou diferenças importantes no uso de computador para acessar a Internet por rede de ensino, ficando esse percentual próximo de 76%, tanto para aqueles da rede pública quanto privada.” ressalta Geaquinto.

Acesso a bancos

Desde 2022, a PNAD Contínua investiga a frequência com que as pessoas utilizavam a Internet. Em 2023, 94,3% usavam todos os dias; 2,3% utilizavam quase todos os dias (cinco ou seis dias por semana); 2,7%, de uma a quatro vezes por semana; e apenas 0,6% utilizavam com uma frequência inferior a uma vez por semana.

O percentual de pessoas que acessaram a Internet para conversar por chamadas de voz ou vídeo manteve-se como a finalidade mais informada, alcançando 94,6% em 2023 - variação de 0,2 p.p em relação a 2022, mas com expansão de 3,2 p.p em relação a 2019. A segunda finalidade mais usual foi enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail (91,1%); queda tanto em relação a 2022 (-0,9 p.p.) quanto em relação a 2019 (-4,7 p.p.).

Outras finalidades apontadas por mais da metade dos usuários da Internet foram: assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes (87,6%); usar redes sociais (83,5%); ouvir músicas, rádio ou podcast (82,4%); ler jornais, notícias, livros ou revistas pela Internet (69,0%); acessar bancos ou outras instituições financeiras (66,7%); e enviar ou receber e-mails (60,5%).

“Destaca-se a expansão, em relação ao ano anterior, do uso da Internet para acessar bancos ou outras instituições financeiras (6,6 p.p.) e queda do uso para ler jornais, notícias, livros ou revistas (-3,3 p.p.). Quanto à atividade de enviar ou receber e-mails (correio eletrônico), pesquisada desde 2016, observou-se, em 2023, uma interrupção da tendência de queda que vinha sendo observada desde o início da série, com crescimento de 1,1 p.p. frente a 2022. O uso da Internet para assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes, apresentou crescimento entre 2016 e 2021, quando alcançou 89,1% dos usuários, apresentando pequenas quedas consecutivas em 2022 e 2023 (-0,8 p.p e -0,7 p.p, respectivamente)”, destaca Geaquinto.

Acesso gratuito

A partir de 2022, a PNAD também passou a investigar o acesso gratuito à Internet (Wi-Fi) em alguns locais públicos. Dentre os locais investigados, 10,2% das pessoas afirmaram ter acessado o serviço gratuitamente em estabelecimentos públicos de educação (como escolas e universidades) ou bibliotecas públicas, (ante 8,9% em 2022). O uso em estabelecimentos públicos de saúde (como postos de saúde e hospitais) foi apontada por 6,4% dos usuários, enquanto 6,6% de pessoas acessaram em praças e parques públicos (percentuais de 5,2% e 5,5%, respectivamente, em 2022).

A proporção de estudantes que utilizaram o acesso gratuito à Internet em estabelecimentos públicos de educação ou bibliotecas públicas foi de 27,1% em 2023, 2,9 p.p. superior ao observado em 2022 (24,2%). Considerando a rede de ensino, estima-se que 30,5% dos estudantes da rede pública que utilizaram Internet no período de referência acessaram o serviço de forma gratuita em escolas, universidades ou bibliotecas públicas, percentual superior ao observado para aqueles da rede privada (20,6%); em 2022, os percentuais foram de 26,7% e 19,0%, respectivamente.

Entre 186,9 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade, 12,0% não utilizaram a Internet no período de referência dos últimos três meses. Estima-se que esse grupo era constituído por 75,5% de pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto, e que 51,6% eram idosos de 60 anos ou mais de idade. Para esse contingente, formado por 22,4 milhões de pessoas, investigou-se o principal motivo de não terem acessado a Internet nesse período. Os dois motivos mais apontados por essas pessoas foram não saber utilizar a Internet (46,3%) e a falta de necessidade (25,9%).

Em 2023, estima-se que 163,8 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade tinham telefone móvel para uso pessoal no país, o que correspondia a 87,6% da população dessa faixa etária. Enquanto 89,6% das pessoas que viviam em área urbana tinham celular para uso pessoal, esse percentual foi de 73,7% entre as pessoas da área rural.

Observa-se uma contínua expansão da posse de telefone celular no período abrangido pela pesquisa, aumentando de 77,4% da população de 10 anos ou mais de idade, em 2016, para 81,4%, em 2019, até atingir 87,6%, em 2023. Em relação a 2022, nota-se uma variação de 1,1 p.p., quando o percentual de pessoas que tinham o aparelho foi de 86,5%.