Em mais uma expedição internacional, a Orquestra Santo Antônio, de Conceição do Coité (a Rainha do Sisal), embarca nesta quarta-feira, dia 26, para realizar sua primeira viagem ao continente africano, precisamente na cidade de Maputo, em Moçambique, numa turnê de 10 dias (de 26 junho a 7 de julho). O objetivo do intercâmbio e cooperação cultural, é levar a experiência do Ponto Cultural do bairro Alto da Colina, até o projeto musical Xiquitsi, em Moçambique.
Segundo o maestro da orquestra, Josevaldo Nim, o grupo que viajará para a África, será formado por 10 integrantes da Orquestra Santo Antônio, e tem como proposta, compartilhar saberes musicais desenvolvidos no semiárido baiano, através de oficinas de música para crianças moçambicanas e tocar junto com orquestras infantis e juvenis da África. Conforme o músico, o projeto sócio cultural existe há mais de 16 anos na cidade de Conceição do Coité.
Entre os músicos que participarão do intercâmbio cultural, mais da metade já concluíram cursos de graduação, uma parte está na pós-graduação ou estão cursando nível superior em música.
Ao todo, esse grandioso projeto já contribuiu com o ingresso de mais de 20 jovens em universidades.
A Orquestra Santo Antônio já se apresentou em Portugal, Estados Unidos, México, França e Espanha.
O Ponto de Cultura que nasceu das atividades do Projeto Santo Antônio de Música, existe desde 2007 e é realizado por jovens da comunidade Alto da Colina, periferia da cidade, com cerca de 70 mil habitantes no sertão baiano.
Uma iniciativa musical comunitária com mais de 16 anos, que tem promovido profundas mudanças no contexto sociocultural da cidade de Conceição do Coité, no semiárido baiano.
Tendo na prática musical coletiva, um meio de mobilização, transformação e oportunidade, o Ponto de Cultura atende mais de 250 crianças, adolescentes e jovens com aulas de violino, violoncelo, violão, flauta, piano, canto, construção de instrumentos musicais, prática orquestral, dentre outros.
A ação sociocultural já conta com grupos artísticos bastante desenvolvido, que mantém um calendário de concertos e apresentações artísticas no seu próprio teatro, movimentando toda comunidade e tb região circunvizinhas.
O projeto conta com o apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.
Além da experiência pedagógica, o grupo musical prepara um repertório genuinamente baiano/nordestino para circular em espaços culturais como o Centro Cultural Brasil-Moçambique, através do apoio do Instituto Guimarães Rosa.