O filme Baby, do diretor mineiro Marcelo Caetano (Corpo Elétrico), foi selecionado para a 63ª Semana da Crítica, mostra paralela do Festival de Cannes 2024.
Será a estreia mundial do longa-metragem, segundo dirigido por Caetano.
Organizada pelo Sindicato Francês de Críticos de Cinema, a mostra competitiva reúne sete filmes de diretores de primeiro e segundo longa, escolhidos entre mais de 1000 inscritos.
Depois de estrear seu primeiro filme, Corpo Elétrico, no Festival de Roterdã, Marcelo Caetano comemora a seleção para a Semana da Crítica, em Cannes. "Baby não poderia nascer em melhor lugar.
A Semana da Crítica é a mostra dedicada aos diretores em primeiro e segundo longa. É um espaço para um cinema de invenção, para novas temáticas e linguagens. Alguns dos cineastas que mais me influenciaram foram descobertos pela Semana."
O filme também marca mais um projeto de Marcelo rodado no Centro de São Paulo. "Baby é uma carta cheia de paixão e dor ao Centro de São Paulo, lugar que eu filmo há quinze anos, desde meus primeiros curtas-metragens. Em Baby, os personagens estão em constante movimento. Eles cruzam as ruas da cidade em busca de liberdade e da realização de seus desejos. É um filme antes de tudo sobre a cumplicidade e a amizade, em meio ao caos”, conta o diretor.
Baby conta a história de uma paixão tumultuada, de uma amizade cheia de desencontros. “Os personagens principais se conhecem em um momento de abandono e formam uma nova família. Apesar das diferenças e dos atritos, eles se agarram um ao outro. É difícil dar um nome para a relação deles, é uma paixão meio doida, é também uma amizade cheia de desencontros. No fundo, os dois lutam para pôr fim à solidão que a vida impõe sobre eles”, revela Marcelo Caetano.
No elenco principal estão João Pedro Mariano e Ricardo Teodoro que também conta com Ana Flavia Cavalcanti, Bruna Linzmeyer, Luiz Bertazzo, Marcelo Varzea, Mauricio de Barros, Patrick Coelho, Kyra Reis, Baco Pereira, Sylvia Prado, Ariane Aparecida, Victor Hugo Martins e Kelly Campello.
Sinopse - Logo após ser liberado de um Centro de Detenção para jovens, Wellington (João Pedro Mariano) se vê à deriva nas ruas de São Paulo.
Durante uma visita a um cinema pornô, ele conhece Ronaldo (Ricardo Teodoro), um garoto de programa, que lhe ensina novas formas de sobreviver.
Aos poucos, a relação dos dois se transforma em uma paixão cheia de conflitos, entre a exploração e a proteção, o ciúme e a cumplicidade.