Grande parte da Região Nordeste do Brasil terá tempo quente e úmido e ocorrência de pancadas até quinta-feira (29 de fevereiro), pelo menos.
Neste sábado (24), um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) vai se deslocar do oceano para o interior do continente, causando, inicialmente, certa desorganização (maior variação espacial) da chuva, anteriormente alinhada no interior da região. Porém, esse sistema pode provocar chuva localmente forte, acompanhada de rajadas de vento e trovoadas, especialmente no oeste (incluindo o centro e sul do Piauí, sul do Ceará e oeste de Pernambuco e da Paraíba). Na borda leste do VCAN, também pode ocorrer chuva pontualmente forte, inclusive do litoral norte da Bahia até o Rio Grande do Norte.
A partir de domingo (25) e no decorrer da próxima semana, alguns sistemas meteorológicos vão influenciar conjuntamente nas condições de tempo no Nordeste: Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), configuração dos ventos em baixos (fluxo convergente de umidade do oceano para o continente) e em altos (fluxo divergente e predominantemente de quadrante sul) níveis da atmosfera. Tal padrão atmosférico pode gerar volumes de chuva, pontualmente mais elevados (acima de 100 milímetros) na faixa norte da região.
Já entre o litoral norte da Bahia até o Rio Grande do Norte, o padrão de ventos em médios e altos níveis da atmosfera e a grande quantidade de umidade na camada baixa vão favorecer a ocorrência de alguns acumulados significativos e, também, de forma pontual não se descartam alguns volumes pontuais em torno de 100 milímetros (mm).
Como saber se é muita chuva?
A classificação para a intensidade de chuva diária muda, de um lugar para outro, mas no Brasil é comum serem adotadas as seguintes medidas:
-- Chuva fraca: abaixo de 5 mm/h
-- Chuva moderada: entre 5 e 25 mm/h
-- Chuva forte: entre 25,1 e 50 mm/h
-- Chuva muito forte: acima de 50 mm/h
A partir de segunda-feira (26), deve haver intensificação das pancadas de chuva em todo o litoral e provavelmente uma definição mais detalhada das possíveis áreas com maiores volumes, especialmente entre Alagoas e Ceará.
Devido às incertezas e atualizações dos diversos modeles numéricos de previsão do tempo, é necessário o acompanhamento e a atualização diária das previsões de tempo, assim como dos avisos meteorológicos especiais emitidos pelo Inmet.