Cinema

Documentário mostra o processo de criação do compositor Caymmi

A produção traz imagens de arquivo de apresentações de Caymmi

Foto: Mario Luiz Thompson | Divulgação
O cantor e compositor Dorival Caymmi

O documentário musical “Nas Ondas de Dorival Caymmi”, dirigido por Locca Faria e produzido por Helio Pitanga da Bossa Produções, estreia no Festival do Rio na Mostra Retratos da Première Brasil.

Com exibição dia 9, às 19h, no Estação Net Botafogo 1, o filme faz um recorte sobre a criação das obras do cantor, compositor e poeta baiano Dorival Caymmi com depoimentos de artistas, pesquisadores, jornalistas e amigos que conviveram com ele e puderam desfrutar de sua sabedoria, talento e simplicidade. 

A produção traz imagens de arquivo de apresentações de Caymmi e interpretações de Carmen Miranda, Nara Leão, Djavan, Tom Jobim, Elza Soares, Alfredo Del-Penho, BNegão, Grupo Casuarina para suas composições.

Entrevistas inéditas com artistas como os filhos Dori, Danilo e Nana Caymmi; Chico Buarque; Gilberto Gil; Caetano Veloso; Maria Bethânia; Paulo César Pinheiro e João Bosco, os jornalistas Nélson Motta e Tarik de Souza, o produtor musical André Midami, entre outros, integram o documentário.

O filme revela o processo de criação do poeta, compositor popular, e algumas de suas composições: “Saudade da Bahia”, “Samba da minha Terra”, “Doralice”, “Modinha para Gabriela”, “Maracangalha”, “Saudade de Itapuã” e “Rosa Morena”. Caymmi teve influência da música negra, desenvolveu um estilo pessoal de compor, cantar e tocar violão de uma maneira única, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade, riqueza melódica com inspiração pelos hábitos, costumes e as tradições do povo baiano. 

Uma das passagens do filme traz a história da cantora Carmen Miranda, que gravou a música “O Que é Que a Baiana Tem” e se tornou sucesso imediato nacional e internacionalmente, transformando também a vida de Caymmi, aos 24 anos de idade. 

“Nas Ondas de Dorival Caymmi” conta a vida deste importante compositor da música brasileira com a grandeza de sua simplicidade, sua paciência na criação da poesia e da música, tendo sua obra como fio condutor do filme.

“A minha relação com Caymmi é profunda desde que era ainda garoto. Sempre foi o meu mestre e amigo paterno, com ele aprendi tudo: ter um olhar mais atento aos detalhes; almejar a simplicidade, a contemplação, a essência da verdade; ouvir o tempo, sentir a espiritualidade, admirar o feminino das coisas” explica Locca Faria.