Comportamento

Estudo mostra que usuários preferem celular a TV e sexo

Com a primeira chamada de telemóvel, há 50 anos, nasceu uma revolução nas comunicações

Foto: Fauxels | Pexels/Creative Commons

Os celulares viraram extensão do corpo

50 anos após a primeira chamada de telefone celular, feita em 3 de abril de 1973, a Sinch realizou uma nova pesquisa na área de telefonia móvel, com base em dados captados em plataformas de serviço ao consumidor na nuvem.

O levantamento revela que os telefones celulares são, de fato, vitais para nossas vidas: quase 72% dos participantes sequer podem imaginar mais de um fim de semana longe do aparelho, enquanto aproximadamente um quarto (23%) acreditam que conseguiram suportar por uma hora, no máximo.

Na esteira dos avanços realizados no segmento, a pesquisa aponta que esses dispositivos móveis continuarão sendo o meio ideal para se comunicar com amigos, familiares e empresas nos próximos 50 anos ou mais.

A primeira ligação de Marty Cooper, considerado o “pai” do telefone celular, de uma calçada na 6ª Avenida em Nova York, provocou uma nova era de mobilidade e escolha para os consumidores, deixando-os mais dispostos a desistir da academia (41%), TV (25% dos millennials) ou mesmo do sexo (22% dos entrevistados da Geração Z) do que de seus telefones celulares.

O mundo da comunicação móvel, hoje, é muito diferente do que era em 1973. As pessoas contam com uma facilidade de comunicação entre si e com as empresas, em todos os canais móveis e digitais.

Além disso, esperam ter experiências personalizadas com as marcas que consomem e com elas interagirem, nos canais favoritos de sua escolha, em todas as etapas da jornada de compra.

Quando questionadas sobre possíveis novidades, em 2073, que poderiam complementar as tecnologias de texto, bate-papo, e-mail e voz, 38% das pessoas preveem que a maioria das comunicações ocorrerá no metaverso ou nos mundos virtuais; 28% esperam que os implantes móveis que se conectam à internet compartilhem pensamentos; 25% usarão realidade aumentada; e, por fim, 34% sentem que continuaremos também a usar mensagens de texto.

"Com a primeira chamada de telemóvel, há 50 anos, nasceu uma revolução nas comunicações. Este estudo mostra a importância do telefone celular para nossas vidas cotidianas, ao destacar um grande número de pessoas dispostas a desistir de suas coisas favoritas em vez de seus telefones", disse Robert Gerstmann, evangelista-chefe e co-fundador da Sinch. "Claramente, as empresas que podem convidar seus clientes para uma verdadeira conversa bidirecional, seja por texto, telefone, aplicativo social, e-mail ou chatbot, serão as vencedoras hoje e nos mundos móveis de amanhã. No entanto, as empresas muitas vezes batalham para oferecer experiências personalizadas em escala porque os canais, ferramentas e comunicações estão isolados e não foram projetados para trabalhar com o cliente no centro. Podemos observar na pesquisa como a demanda do consumidor fará com que as empresas mudem."

As perspectivas apontadas na pesquisa incluem:

Os consumidores preferem se comunicar com as empresas da mesma forma que fazem com seus amigos, por meio de conversas fluidas em vários canais. As mensagens de texto foram classificadas pelos entrevistados como sua maneira favorita de conversar com uma empresa, seguidas de perto por chamadas de voz e e-mail. No entanto, 36% dizem que as mensagens de texto de negócios são muito impessoais, e 1 em cada 4 fica frustrado quando não pode responder a uma mensagem de texto de negócios.

Os consumidores realmente amam seus dispositivos móveis. Quando perguntados sobre o que preferiram desistir em vez do telefone celular, 41% dos entrevistados escolheram a academia, enquanto 25% dos millennials escolheram TV ou rádio, e 22% por cento da Geração Z disseram que desistiriam do sexo.

A maioria dos consumidores não podia passar mais do que um fim de semana sem o celular, e muitos não conseguiam se privar por um tempo ainda menor. 

Quando perguntados quanto tempo eles achavam que poderiam aguentar sem o celular:

-- 72% disseram que no máximo um fim de semana
-- 56% responderam 24 horas
-- 42% disseram 4 horas ou menos
-- 8% responderam 15 minutos ou menos

Os resultados vêm de uma pesquisa on-line realizada pela ResearchScape, de 24 a 26 de março de 2023. O levantamento foi concluído por 1.076 entrevistados.