Comportamento / Política

Pesquisa mostra que a política interfere pouco em casamentos

A pesquisa foi respondida por 1.044 usuários

Você se casaria com uma pessoa que votará em um candidato diferente do seu?

A eleição presidencial não tem peso decisivo quando o assunto é o amor.  

O site de relacionamento Coroa Metade, voltado para pessoas a partir de 40 anos de idade, enviou uma pesquisa de “Amor e Política” para cerca de 20 mil de seus usuários.

A pesquisa era dividida basicamente em duas perguntas. A primeira: Como será seu voto no segundo turno? (“Lula, Bolsonaro, Branco, Nulo ou Abstenção”). A segunda pergunta foi: “você se casaria com uma pessoa que votará em um candidato diferente do seu no segundo turno da eleição?”

Foram consideradas apenas as respostas de quem assinalou Lula ou Bolsonaro na questão anterior. Os usuários puderam optar entre “Sim”, “Não”, “Não Tenho Certeza” e “Prefiro não Responder”.

Segundo o diretor do site, Airton Gontow, tanto entre os apoiadores de Lula quanto entre os de Bolsonaro, não foi colocado o “não” como resposta majoritária. “Temos acompanhado amigos que encerraram amizades de toda uma vida por causa da política, de irmãos que pararam de conversar e até de filhos que deixaram de frequentar a casa dos pais. Por isso julgávamos que o posicionamento político, em um momento de tanta divisão no País, fosse ter um peso maior no relacionamento. Mas não foi o que ocorreu”, conta Gontow.

De acordo com a pesquisa, respondida por 1.044 usuários, 27,48% dos eleitores de Lula não se casariam com uma eleitora de Bolsonaro. Números bem próximos, 28,80% dos bolsonaristas, não se casariam com quem votará em Lula. Já para o “sim”, os números apresentam mudanças significativas: 59,54% dos eleitores de Lula se casariam com quem vota em Bolsonaro, enquanto um pouco menos da metade, 45,65% dos bolsonaristas, se casariam com alguém que marcará o 13 na urna no dia 30 de outubro.

Diz o diretor do site: “14,13% dos bolsonaristas não têm certeza e 11,41% preferiram não responder. Já entre os petistas, há 6,10% de indecisos nessa questão afetiva e 6,87% não responderam”.