Helô Sampaio

Receita de família: um creme para festejar a vitória de seu candidato

Uma receita de família que encontrei perdida

Oiêêê, meu lindinho, pode tirar o cavalinho da chuva que a praga diminuiu mas ainda não foi embora. Está aí e ainda pode nos levar pra cama e, o pior, sem companhia, visse?

Estou passando dos setentinha e só me lembro de uma situação de doença grave (mas não tanto quanto esta) quando eu era criança e teve uma agonia social – acho que foi a varíola –, que botou todo mundo pra dentro de casa. Um castigo horrendo, principalmente para nós, as crianças, que ficávamos sem poder ir pra rua pra fazer careta e pirraçar as pessoas, ou ir pra venda de Chiquito comprar fiado.  

Mas tudo na vida passa e essa praga está passando, graças ao bom Deus. Mas foi um tal de Covid, Zica e ‘Chicungunha’ (que nome horroroso) umas pragas que ‘baixaram o fogo’ do povo e mandou o mundo quase todo pra dentro de casa, deixando um bocado de gente frustrada, de orelha em pé.

Acho até que alguns estão desconfiados que não são os super-homens que se achavam. A Covid provocou um choque social, pois os semi-deuses, superiores e onipotentes descobriram que são meramente humanos, que são simples ‘viventes’.

Ainda estou em Itabuna, com a minha irmã Ana.

O melhor é que aqui ainda podemos andar pela linda praça da Igreja São José, onde eu levo Loly (minha cachorrinha) pra tomar sol. Pena que a praça esteja toda esburacada e mal tratada. Já pensei até em marcar uma audiência com o prefeito para pedir que ele cuide desse importante patrimônio de Itabuna. Esta é a praça da matriz, do padroeiro da cidade, senhor prefeito não pode ficar nesse estado, derrubando as pessoas, fazendo com que reclamem a toda hora. Conserte este lugar maravilhoso e até vou lhe dar um abraço carinhoso, viu, conterrâneo? Eu, e um bocado de gente mais.

Mas os ‘esportes’ que adoro praticar aqui, é ir ao Danúbio Azul tomar sorvete (amo o sorvete de coco do Danúbio que tomo desde menina) ou ir com Julinha, Ana e Inês para a Cabana da Empada – que fica na estrada para Ilhéus –, saborear a melhor empadinha da região. Huuumm, é bom demais! Ah, vai falar de fazer regime lá adiante, véio! 

Depois dessa praga que passamos, chega de regime. Agora é agradecer a Deus, fazer o que gosta, e viver feliz. Que venham os quilinhos excedentes: eles servem para nos incentivar a fazer ginástica, natação, e servem também para engordar os capetinhas linguarudos, he-he.

Julinha Araújo é como uma irmã para mim. Nós fizemos juntas o curso o ginasial (é, fio, sou pré-histórica, mesmo) no Instituto Municipal de Educação de Ilhéus e nunca mais nos perdemos de vista.

Quando eu vou para Itabuna, ela sempre arruma algum programa interessante, me leva para conhecer os novos lugares, novos restaurantes e barzinhos, leva para passear pela região, enfim, é uma irmãzinha querida, que eu amo muito. E advogada competente, atuante e respeitada em Itabuna, diz minha irmã Ana, que também é advogada e se aposentou agora. Duas irmãs maravilhosas. Enfim, fico feliz e muito confortável na região, com as irmãzinhas, he-he.

E nem vou falar dessa agonia de eleição pois sou eleitora em Salvador e aqui, vou ter que votar em trânsito. Mas vocês ponham a mão na consciência, meditem e escolham bem os dois dirigentes: o do País e do Estado. Deles dependem a nossa qualidade de vida, a melhoria do nosso dia-a-dia.

Na hora de apertar o dedinho na urna, faça com consciência, com senso de cidadania e responsabilidade. E vamos caminhar para um Brasil mais humano, mais acolhedor, mais socializado, menos preconceituoso.

Vamos nessa, lindinhos, que só depende de nós o futuro da nossa Pátria amada.

Depois de cumprir as obrigações eleitorais, vamos comemorar a vitória com este creme mármore, uma receita de família que encontrei perdida nas anotações de minha irmã Ana.

Rumemos para a cozinha para preparar esta delícia. Aventais a postos.

Creme Mármore

Ingredientes da parte branca:

-- Quatro colheres de maisena e quatro colheres de açúcar
-- Uma garrafa pequena de leite de coco
-- Uma xícara e meia (ou duas xícaras) de leite de vaca (ou água, se preferir).

Modo de preparar

1- Numa panela, colocar a maisena, o açúcar e uma xícara do leite ou água para dissolver a maisena.

2 - Depois de dissolvida, colocar o leite de coco e levar ao fogo, mexendo sempre para não embolar.

3 - Quando começar a ferver, observar se está com a consistência de mingua.

4 - Se estiver duro, acrescentar água ou leite até que atinja uma consistência média (mais para duro que mole) e deixa cozinhar até que solte da panela (aproximadamente uns dez minutos).

5 - Retirar e colocar num pirex.

Parte do chocolate:

1 - Repetir tudo da parte branca, inclusive os ingredientes, apenas acrescentando duas colheres bem cheias de Nescau (se quiser usar Toddy, são três colheres), no momento de dissolver a maisena.

Para a calda de ameixa:

-- 100g de ameixa seca
-- Duas xícaras de água
-- Uma xicara, ou três colheres (sopa) de açúcar.

1 - Colocar tudo no fogo e deixar ferver.

2 - Quadno estiver em ponto de calda, tiraar do fogo e colocar por cima.

3 - Saborear com o amorzinho comemorando a vitória do seu candidato.

Xerim carinhoso no cangote, meu lindinho.