Minha cartinha chegou atrasada.
Eu dizia mais ou menos assim: “Querido Papai Noel, acho bom o senhor não aparecer por aqui este ano porque a barra tá pesada. O senhor corre o risco do pessoal dar uma cacetada na cabeça das renas (igual fizeram com aquelas vacas do caminhão que virou na Argentina) pra fazer churrasco. Depois, vão desmontar o trenó pra vender as peças num ferro velho da Avenida Suburbana. E ainda vão tirar sua roupa pra forrar umas almofadas”.
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Essa é uma piada natalina, mas merecia ter acontecido.
Uma motorista de ônibus urbano foi escalado para rodar pernoite no dia de Natal. Furioso, reclamando da escala e da vida, ele saiu do Terminal da Barroquinha, em Salvador, às 11 da noite, com três ou quatro passageiros, rasgando as marchas.
Dois pontos depois entra um bêbado, senta no banco do fundo e começa a gritar: “Motorista, o que foi que Papai Noel lhe deu?”
O motorista, mais puto da vida ainda, não disse nada e continuou a rasgar as marchas do velho ônibus.
Como todo bêbado sempre repete as falas, o do ônibus continuou a perguntar a mesma coisa.
O desfecho aconteceu na décima vez em que o bêbado perguntou e o motorista resolveu finalmente dar uma resposta:
-- Motorista, o que foi que Papai Noel lhe deu?
-- Uma estrovenga desse tamanho.
-- Também quem mandou botar a bundinha na janela? Podia ter colocado o sapatinho.