Helô Sampaio

Musse com só 2 ingredientes (para comer colocando a fofoca em dia)

Eu às vezes fico pensando que nós, baianos, tínhamos tanta inveja dos paulistas – que têm Verão e Inverno bem definidos – que São Pedro nos presenteou com estes dias menos quentes e chuvosos pra gente tirar a poeira dos casacos e deixar em cima da cama esperando o anoitecer pra ver se dá pra usar.

Ainda não temos temperatura para casaco de frio, mas já não precisamos ligar ar condicionado ou ventilador, por enquanto.

Os dias estão mornos e aconchegantes. Só está faltando um ‘xero mole’ bonito pra nos fazer boa companhia.

Mas, aqui pra nós, baiano não assenta com chuva, tempo fechado, ficar mofando dentro de casa. Nós somos povo de rua, de paquera, de conversa, de carinho.

Estou sentindo uma falta danada de amigos, de abraços, de fofoca mesmo. De fofoca salutar, que nós só falamos mal de alguém quando pisam no nosso ‘calo’, ou dizem que estamos gordos, feios, ou que comemos ou bebemos demais, né, neguinho?

Fora disso, é só amor, amizade, bem querer por todos. Somos um coração de mãe: cabe todo mundo.

Mas, voltando às vacas magras, que tempos tenebrosos são estes que estamos vivenciando? Graças a Deus já podemos começar a sair de casa, com máscaras e tudo, pra ver a Vida. Crendeuspai! 

Se alguém me falasse que iria chegar o tempo de entrarmos em um mercado ou banco de máscara na cara, sem sermos detidos pelos seguranças, eu iria duvidar. Hoje, neguinho nem tira a máscara pra comer: só sobe um pouco, bota a garfada e já mastiga com máscara. É surreal.

Contado antes, ninguém acreditaria. É o novo tempo. E cruel.

Mas o povo já está voltando à vida normal, voltando ao trabalho, à rotina e às farras, que ninguém é de ferro. Ainda bem que sou baiana porque esse povo que tem vida organizada, dias agendados, atividades pré programadas, não combina comigo.  Sou ‘banda voou’, faço o que aparece na hora ou o que me ‘dá na veneta’.  Tem coisa melhor, fio?

Foi-se o tempo de compromisso com jornal, com universidade pra dar aula, com atividades sindicais, com... um bocado de coisas que eu fazia. E fazia porque amava, gostava de mexer com as coisas da profissão. Amo, ainda, mas agora, já sou a ‘prózinha’ aposentada, tipo a ‘tiazinha’ amadinha dos meus menininhos, que hoje tocam a profissão sozinhos. E trabalham muito bem. Amo ôceis tudim!

Julho chegando ao fim, agora entra o mês do gosto, de fazer o que quisermos, curtir amigos, a família, é o mês do bom gosto. Devemos fazer tudo a gosto, mas sem arrependimentos depois.

Neste, e nos outros meses, eu aprontava ‘todas’, fazia tudo que queria e podia fazer. E não me arrependo uma vírgula. Pelo contrario, agradeço a Deus ter me dado lucidez para viver a minha vida como eu quis e quero até hoje.

Agora, sou uma ‘velhota’ feliz, bem humorada, que ainda curte muito as coisas que a Vida oferece, adoro natação, palavras cruzadas e saber das novidades. Também amo curtir as netinhas das irmãs, faço dengo e boto a perder fazendo todos gostos: quando querem doce eu dou; quer ir pra rua, eu levo, pois quem tem que educar é pai e mãe. Tia-avó é pra fazer gosto. Tô certa ou tô certa? He-he.

Mas agora vamos deixar essa conversa mole, colocar o avental e preparar o musse de Joice, minha nova auxiliar, que parece querer que eu adquira mais uns quilinhos preparando coisas gostosas, facílimas de fazer, e com pouquíssimos ingredienntes.

E olhe o meu ar preocupado, meu ar de ‘preo’. Vamos nessa, meus benzinhos, vamos adquirir mais um pouquinho de gostosura. Aventais a postos!

Musse de chocolate

Ingredientes
-- Uma lata pequena de chocolate Nestlé
-- 5 caixinhas de creme de leite.

Como preparar

1 - Colocar os dois ingredientes no liquidificador e bater até dar ‘o ponto’ ou seja, ficar cremoso.

2 - Botar numa vasilha de plástico e levar ao congelador, até ficar no ‘ponto de sorvete’.

E agora, é botar na tacinha, sentar em frente à televisão e ficar saboreando a delicia, pensando em como é boa a vida.