Já notaram que anda todo mundo alegre e saltitante pelas ruas? A felicidade campeia, as pernas comemoram as caminhadas e os guardas-chuvas voltaram para o armário.

Mas, gente, foi chuva demais. Parece que íamos ter uma nova edição do dilúvio. Crendeuspai!

Eu ficava na varanda da minha casa olhando minhas plantinhas, imaginando meu povo humilde vendo suas casinhas inundadas. E meu coração chorava. Meu Deus! Quando é que teremos ter uma vida decente para todos os seres?

Tá bom. Quem pode, que tenha os seus palácios e faça seus banquetes. Mas quem não pode, tem que ter direito a ter sua casinha com comida. É a lei da Vida, a lei de Deus.

Mas agora vamos falar deste solzão que abraça nossa cidade com ternura, que convida para as praias, para o tira-gosto gostoso, para a lourinha gelada. Tem terra melhor que a nossa, não, lindinho.

Conheci uma boa parte do mundo e gostei muito dos lugares por onde andei – cada um com suas características próprias – vendo cada povo com hábitos e costumes diversos. É muito bom conhecer novas culturas, lidar com novos mundos. A gente cresce, amplia o horizonte, tenha certeza, benzinho.

Mas vou te contar um segredo: terrinha mais gostosa, diferente e sedutora que a nossa, é difícil encontrar. E o nosso povinho tão amoroso e carinhoso? É por isso que o visitante sempre quer voltar, para desfrutar do nosso dengo, do nosso colo. E nós estamos prontos para dar muito amor.

Como outro dia que estava na Ponta do Humaitá com Ana, minha irmã, quando conhecemos a Andréa e um pessoal do Rio Grande do Sul que estava estreando em Salvador mas ia ‘rodar’ pelo estado para conhecer boa  parte da Bahia (já contei esse caso). Pois não é que ontem a Andrea Gaúcha me ligou dizendo que estava de volta do ‘giro’, estava em Salvador e queria encontra conosco de novo! Digaê se não é pra gente ficar feliz? Já marquei e vamos tomar todas com os gaúchos e mostrar mais belezas da nossa terrinha. E novos botecos e restaurantes, lógico, aproveitando o tempo bom.

Ah! Mas nem acredito que já posso acordar, abrir a janela para o solzão, estirar os braços, vestir o maiô, tomar café e correr para a piscina, (no Clube Cassas, aqui mesmo em Itapuã), para levar uma boa hora fofocando com as amiguinhas e sentindo a maciez da água morna acarinhando o corpo.

Fico mergulhando, boiando, olhando o céu, o sol, as nuvens, enquanto o povo faz os exercícios. Poliana diz que já desistiu de mim e me deixa fazer o que quero: curtir as coisas e matutar sobre a vida. Amo estar nas águas e curto cada minuto como posso. Obrigada, meu Deus amado. Obrigada por tudo.

Mas chega de filosofia e vamos cuidar da barriguinha sedutora e gostosa, que esta pedindo arrego. Saco vazio não fica em pé. Então vamos preparar esta panacota que a Elíbia Portela, minha amiga querida, indica pra sua alegria. Ela diz que gosta muito desta panacota.

Aventais a postos, amorzinho do lado, vamos pra cozinha, lindinhos, que o tempo ruge, digo, urge. Corpinho feliz é com barriguinha satisfeita. Xerim carinhoso.

Panacota de Elíbia

Ingredientes:

-- 200ml de leite
-- 300ml de creme de leite fresco
-- Açúcar ou adoçante (forno e fogão) a gosto
-- Uma colher (café) de essência de baunilha
-- 12gr de gelatina em pó, sem sabore
-- 50ml de água morna.

Para a cobertura: geleia de morango ou frutas vermelhas.

Modo de preparar:

1 - Combinar em uma panela o leite, creme de leite, açúcar (ou adoçante) e a essência. Levar ao fogo misturando tudo de vez em quando.

2 - Assim que ameaçar ferver, desligar o fogo e juntar a gelatina dissolvida na água morna. Misturar bem e distribuir em recipientes menores, individuais.

3 - Levar para a geladeira por três horas e desenformar já no prato de servir, regando com a geléia escolhida, levemente amolecida no banho-maria. Complementar com morangos frescos, se deliciando com as maravilhas desta nossa vida ótima. Bom apetite!

(E se quiser mais contato com Elibia Portela, vai no Instagram: @Elibia_Portela). Beijins.