Comportamento / Saúde

Moda entre os jovens, cigarros eletrônicos podem causar várias doenças

Vapes combinam substâncias prejudiciais à saúde que podem causar câncer

Foto: Divulgação
O cigarro eletrônico ? ou Vape

Nova moda entre os adolescentes, o cigarro eletrônico – ou Vape – é prejudicial à saúde. De acordo com a médica pneumologista e professora da UNIFACS, Tatiana Galvão, os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) possuem substâncias tóxicas além da nicotina e podem causar doenças respiratórias, como enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite e câncer. 

Mesmo a venda desses aparelhos sendo proibida, desde 2009, no Brasil, uma pesquisa da Datafolha levantou que 3% da população acima dos 18 anos de idade faz uso diário ou ocasional desses dispositivos. Apontado como uma alternativa ao cigarro tradicional, o Vape, conforme a pneumologista, também combina substâncias tóxicas com outras que, muitas vezes, apenas mascaram os efeitos danosos. 

“Os jovens, agora, erroneamente, entendem que o cigarro eletrônico prejudica menos que o cigarro tradicional, mas, na verdade o vapor emitido por eles é muito tóxico. De forma nenhuma existe um jeito de minimizar esses efeitos. De toda forma ele vai levar alterações tóxicas ao pulmão”, afirma a médica. 

Outros riscos

Ainda de acordo com Tatiana Galvão, os e-cigarretes carregam um outro risco: o de explosão. Ela lembra que, de acordo com o estudo ‘Cigarros eletrônicos: o que sabemos?’, elaborado pelo INCA - Instituto Nacional de Câncer - e o Ministério da Saúde, os DEFs já foram responsáveis por diversos casos de explosões com danos físicos e materiais. Os relatos descritos no documento relacionavam o incidente a problemas com a bateria do cigarro.  

As explosões costumam causar queimaduras e ferimentos, principalmente, na boca, mãos e, até mesmo, nas coxas, virilha e órgãos genitais, já que o cigarro eletrônico, frequentemente, explode enquanto está no bolso do fumante. 

Popularidade

Adriana Bittencourt, psicóloga e professora da UNIFACS, acredita que a popularidade entre os jovens está associada à possibilidade de estar fazendo uso de uma droga sem que se sofra preconceito ou estigmatização. “É uma droga que parece que não faz mal, que é eletrônica, então também acompanha essa nossa contemporaneidade”, pontua.  

Para ela, é importante pensarmos que a juventude é uma de fase experimentação. “Muitos desses sujeitos vão se colocar dentro de algumas experiências que estão sendo validadas por um grupo e também pelo que está sendo valorizado e incentivado pela sociedade”, observa.