Veículos

Renault Kwid está de cara nova

Veja os prós e contras do carro

Foto: Renault
O Kwid ficou mais econômico

O hatch fabricado em São José dos Pinhais (PR) ganhou a mesma reestilização feita em 2020 no modelo oferecido na Índia. A dianteira redesenhada ganhou faróis divididos e luzes de LEDs de uso diurno. Com a atualização, o modelo de entrada da marca francesa subiu de patamar.

Até por isso, na linha 2023 o Kwid não tem mais a versão Life, que focava as vendas diretas. Seja como for, o modelo é um dos mais vendidos no varejo. Desde 2017, soma mais de 270 mil unidades emplacadas no mercado brasileiro. Com tabela a partir de R$ 59.890, o Renault manteve o posto de carro mais barato do País. O Fiat Mobi parte de R$ 60.990.

O novo Kwid também está mais econômico e seguro. Todas as versões (Zen, Intense e Outsider) trazem itens como controle eletrônico de estabilidade (ESP), assistente de partida em rampa, monitor de pressão dos pneus e start&stop, que desliga o motor em paradas de semáforo, por exemplo.

Na versão de entrada, Zen, o Kwid 2023 tem LEDs nos faróis e novas calotas que parecem ser rodas de liga leve. De série, há direção com assistência elétrica, ar-condicionado, rádio com Bluetooth e quatro airbags, entre outras novidades.

A versão Intense tem preço inicial de R$ 64.190 e acrescenta capa dos retrovisores pintadas de preto e LEDs nas lanternas. Pela primeira vez, o Kwid pode ter pintura em dois tons (R$ 2 500) e rodas de liga leve de 14 polegadas. O sistema multimídia é de série nessa configuração, tem tela de 8" mais sensível e conexão com Android Auto e Apple CarPlay. Há ainda retrovisores elétricos, chave do tipo canivete e câmera na traseira.

A configuração de topo, Outsider, é tabelada a R$ 67.690. A mais, vem com barras transversais no teto, molduras nas laterais e nos para-choques, além das rodas de liga leve. Na cabine, chama a atenção os bancos com tecido em tom verde.

Mais econômico

A Renault também fez melhorias no motor 1.0 flexível. Com nova unidade de comando, o três cilindros gera até 71 cv de potência a 5.500 rpm e 10 mkgf de torque (com etanol) a 4.250 rpm. Com gasolina, são 68 cv e 9,4 mkgf. O câmbio manual de cinco marchas foi mantido.

Com o sistema start&stop e pneus 20% menos resistentes à rolagem, o hatch está até 5% mais econômico segundo dados do Inmetro. Na cidade, roda, em média, 15,3 km com um litro de gasolina e 10,8 km/l de etanol. Na estrada, os números são de, respectivamente, 15,7 km/l e 11 km/l.

Em movimento, o novo Renault Kwid é ágil no trânsito graças ao bom torque em baixos giros. Contribui com isso o peso em ordem de marcha, de apenas 820 kg. A direção elétrica agrada. Em vias expressas, o três-cilindros fica mais ruidoso, mas, no geral, o hatch vai bem.

Os bons ângulos de entrada e saída e a altura em relação ao solo facilitam vencer obstáculos como valetas e lombadas.

Ficha técnica

-- Preço sugerido: R$ 64.190
-- Motor: 1.0, 3 cil., 12V, flexível
-- Potência (cv)*: 71 a 5.500 rpm
-- Torque (mkgf)*: 10 a 4.250 rpm
-- Câmbio: Manual, 5 marchas
-- Comprimento: 3,68 metros
-- Entre-eixos: 2,42 metros
-- Porta-malas: 290 litros
-- Altura livre do solo: 185 mm

Prós - Visual moderno, multimídia com tela de 8" e controle de estabilidade se destacam.

Contras - Hatch continua simples por dentro e atrás há espaço para apenas dois adultos.